Dentro de doze meses deverá funcionar, em Cuiabá, a Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso (Ceasa-MT). A expectativa é de colocar o empreendimento de comercialização de produtos agropecuários e hortifrutigranjeiros em ação pouco antes dos jogos da Copa do Mundo. O local para a construção do Ceasa será definido nas próximas semanas e a tendência é de que a mesma seja ou às margens da rodovia dos Imigrantes, na saída do Distrito Industrial, ou no Rodoanel, trecho em construção que compreende as BRs 070, 364 e 163, que contorna a capital mato-grossense.
De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Baltazar Ulrich, em agosto será aberto processo de licitação pública para a obra, orçada em R$ 150 milhões. A obra será dividida em duas etapas, sendo a primeira para a construção de espaços que abriguem a produção agrícola dos pequenos produtores, um mini-atacado voltado para atender os médios consumidores como do segmento de hotéis e restaurantes, e uma central de embalagem. Já a segunda etapa da obra consiste na construção de um shopping, de um atacado de flores, de um Centro de Distribuição de grandes varejistas, e também câmeras frigoríficas para abrigar frutas, peixes e carnes.
No total, a Central de Abastecimento ocupará uma área de cem hectares, com 64 mil m² de área construída. A expectativa diária é de que passem pelo empreendimento cerca de quatro mil caminhões. "A empresa vencedora do processo de licitação de construção da obra terá 30 anos de uso de porte do grande atacadista. Já os demais espaços o Governo do Estado é quem irá administrar", explica Baltazar Ulrich.
A meta do governo do Estado é fazer com que Mato Grosso seja ponto de parada da produção agropecuária e hortifrutigranjeira dos estados Norte do país, e também de países vizinhos como Peru e Bolívia. "Toda a produção da agricultura orgânica do nosso Estado, dos estados do Norte e dos países vizinhos como Chile e Argentina passa por Cuiabá em direção ao Sudeste. De lá, essa produção volta para nós com preços maiores devido o custo do frete e também do ICMS", acrescenta o superintendente da Sedraf.
A lei de criação da Ceasa, publicada no Diário Oficial de quinta-feira (16), determina que a mesma seja administrada por um Conselho de Administração, composto por três membros indicados pelo acionista majoritário e por uma Diretoria Executiva, constituída de um diretor-presidente e dois diretores, indicados pelo acionista majoritário, preferencialmente, entre profissionais com certificação para o exercício da atividade.
Para integrar a produção de hortifrutigranjeiros e de flores de todo o Estado ao Ceasa, os prefeitos dos 15 Consórcios Intermunicipais serão convocados para escolher um município de cada consórcio para servir de central de recolhimento da produção orgânica regional. A cidade a ser escolhida servirá de ponto de partida para o envio da produção dos municípios dos Consórcios à Central de Abastecimento.