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Cuiabá: Aldo Rebelo defende uso de "várzeas" e critica interferência de estrangeiros

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"O debate sobre o Código Florestal não é só um debate ambiental, não apenas isso. A polêmica é se o Brasil dispõe de seu solo, subsolo e suas riquezas naturais ou vai hipotecá-las para beneficiar interesses de grandes países". Com essas palavras o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) abriu sua palestra no Congresso Internacional "A Constituição e o Meio Ambiente", esta em Cuiabá, em um centro de eventos. Para ele, a sociedade brasileira é imatura, com consciência social rebaixada e busca aprovação do olhar estrangeiro para dar ênfase às suas ações. Aldo tem isso como tese com base na experiência que possui como integrante da Comissão Permanente de Relações Exteriores de Defesa Nacional.

Como relator do Código Florestal na Câmara de Deputados, Aldo Rebelo defendeu com veemência a importância da agricultura familiar para o fortalecimento do país. "As alterações propostas visam retirar os pequenos produtores da condição de vilões do meio ambiente" ressaltou.

Rebelo falou amplamente do Código e destacou a utilização das várzeas (áreas de preservação permanente na beira dos rios). "O Código diz que essa região não pode ser utilizada, no entanto, jamais um especialista foi consultado e foi até lá para definir exatamente o espaço que deve ser mantido", argumentou. Segundo ele, se o conceito de várzea mudar, todos os produtores passarão à ilegalidade, por isso a necessidade dessa questão ser revista com profissionais habilitados.

Rebelo endossou sua fala ainda com base na cultura e identidade que a agricultura proporciona ao Brasil. "Nossa música vem do campo, nossa culinária é do campo, a agricultura faz parte da nossa história. A sociedade não pode virar as costas para o campo", finalizou o relator do Código Florestal na Câmara Federal.

O Congresso Internacional "A Constituição e o Meio Ambiente" continua com as palestras hoje e amanhã. Palestrantes que ainda falarão: Herman Benjamin, ministro STJ, Vasco Pereira da Silva, professor da Universidade de Lisboa (Portugal), Pedro Taques, senador de Mato Grosso, Valério Mazzuoli, professor da UFMT e Gilmar Ferreira Mendes, Ministro do STF.

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