Mato Grosso registrou a criação de 32,598 mil empresas nos primeiros 11 meses de 2016. A quantidade é 3,3% menor do que em igual período de 2015, quando foram instituídas 33,673 mil pessoas jurídicas no Estado. Apesar da queda, os números mostram que houve o surgimento de novos negócios mesmo em um cenário pouco favorável, pois trata-se de empreendedorismo por necessidade, em decorrência da crise econômica. Os dados fazem parte do Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, divulgados ontem e revelam que Mato Grosso está na 14ª posição entre os Estados com maior número de novas empresas no acumulado de 2016, até novembro.
O advogado tributarista Carlos Montenegro avalia que o empreendedorismo por necessidade oferece riscos. “A maioria das pessoas que abre o próprio negócio em tempo de crise não possui experiência no mercado e acaba seguindo por caminhos amadores. Em geral, são indivíduos que foram desligados de uma ocupação formal e não conseguiram se recolocar no mercado e viram na criação do próprio negócio a única garantia de subsistência. Mas, tudo isso pode ser negativo se não houver o mínimo de conhecimento sobre administração empresarial, assim como de assuntos com grande relevância para a exploração da atividade econômica, como direito tributário e trabalhista”.
No Brasil houve registro de 1,855 milhão de empresas entre janeiro e novembro de 2016, 0,2% a mais que o registrado nos 11 primeiros meses de 2015 e o maior volume desde 2010 (1,422 milhão de negócios). No Centro -Oeste, o Estado que mais teve empresas constituí- das no período foi Goiás com 64,695 mil unidades, seguido do Distrito Federal (40,262 mil). Mato Grosso do Sul ficou em último lugar com 25,005 mil pessoas jurídicas registradas. No país, os novos Microempreendedores Individuais (MEIs) passaram de 1,411 milhão para 1,464 milhão em entre 2015 e 2016, aumento de 3,7%.