O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes Ferreira, foi ouvido hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema, para apresentar as reclamações do setor industrial de base florestal referente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Ferreira foi enfático em esclarecer que o segmento madeireiro não é o principal responsável pela destruição da floresta. “O setor de base florestal não é o vilão da área ambiental, nem o principal responsável pelo desmatamento. Ele precisa da floresta em pé para poder manejá-la, extraindo as madeiras maduras, de forma a garantir a continuidade dela”, diz.
Quando indagado sobre as dificuldades apresentadas nos processos encaminhados à Sema, Mauro Mendes afirmou que nos últimos 60 dias, o setor percebeu uma melhora considerável na liberação dos projetos. “Grande parte desta acentuada dinâmica se deve ao fato de que a CPI trouxe à luz da sociedade o colapso nos procedimentos, vivido por aqueles que necessitavam do órgão ambiental para a sua atividade produtiva”.
A principal dificuldade encontrada ainda pelos usuários da Sema é a liberação de projetos de manejo e, principalmente, da Licença Ambiental Única (Lau). “A Sema possui mais de cinco mil processos de Lau’s protocolados. Só este ano, 1020 processos entraram, mas apenas 196 foram liberados”, afirma. Para o empresário, este é o momento de Mato Grosso ter um órgão capaz de cuidar do meio ambiente e exigir a correta aplicação das leis ambientais, sem prejudicar o desenvolvimento do setor produtivo de Mato Grosso.