A venda de óleo diesel em setembro, em Mato Grosso, ficaram 2,81% abaixo do volume registrado em setembro do ano passado. As vendas caíram 244 milhões de litros para 237 milhões. Já em relação a agosto deste ano, setembro apresenta crescimento de 2,1%, reflexo do aquecimento da atividade agrícola. “No geral, podemos assim dizer que a locomotiva da economia anda mais devagar e queima menos lenha, ou seja, utiliza menos combustível”, comenta Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso).
O consumo de diesel no país teve redução de 3,8%, enquanto que Mato Grosso perde 2,3%, no acumulado de janeiro a setembro de 2015, comparando com o mesmo período de 2014. Este ano, desde fevereiro o consumo de diesel está sendo puxado para baixo tanto no volume total do Brasil como nos estados do Centro-Oeste. Nos Estados vizinhos também teve queda nas vendas: Goiás caiu 5,9% e Mato Grosso do Sul 1,5%.
No acumulado de janeiro a setembro, o volume de diesel alcança 2,01 bilhões de litros contra 2,06 bilhões em 2014, em Mato Grosso.
O etanol mantém vantagem competitiva na bomba, fazendo com que o consumidor opte por esse produto, elevando-se o consumo do produto com preço menor. No comparativo do acumulado do ano, em Mato Grosso, o consumo de etanol cresce 37,7%, saindo de 366,57 milhões de litros em 2014 para 499,9 milhões em 2015. Em todo o Brasil o consumo cresceu 42,2% em relação ao ano anterior.
Mato Grosso é o único estado em que, nas bombas, o preço do etanol se mantém abaixo de 70% do preço da gasolina C. E isso ocorreu nos últimos três anos. O resultado dessa preferência é que o volume de etanol consumido em Mato Grosso, em 2015, supera o volume de gasolina C.
Com o consumidor fugindo do preço ‘raivoso’ da gasolina, reajustado para recompor o caixa da Petróleo Brasileiro S/A, em Mato Grosso, seu consumo acentua a queda para -13,1% no acumulado do ano, passando de 491 milhões de litros em 2014 para 426,8 milhões em 2015, enquanto no Brasil o recuo foi de 6,7%.
“Na esteira da elevação do preço da gasolina, o mercado de etanol acaba estabelecendo uma precificação que contribui para a recuperação de perdas enfrentadas pelos usineiros nos últimos anos. Assim, não tem refresco, o Governo aumenta óleo e gasolina e o mercado aumenta o etanol”, analisa Soares. “O maior consumo do etanol é bom para o nosso Estado, pois gera mais empregos aqui, impostos, melhorando nosso meio ambiente e aquecendo nossa economia”, completa o diretor-executivo.
A informação é da assessoria do sindicato.