A construção civil lidera os índices negativos no Estado. Teve em fevereiro mais demissões (2.466) que admissões (2.239), uma variação de -0,76% e foi em sentido contrário ao saldo positivo obtido no país com 2.842 postos (0,15%). Para Luis Carlos Richter Fernandes, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon MT) há algumas explicações para esta retração. Entre elas está o período de chuvas, que costuma paralisar ou reduzir o ritmo das obras, o não lançamento de obras públicas e construções que já foram concluídas.
“O início do ano tem sido ruim para o setor e para o governante que precisa gerar emprego para movimentar a economia e ter o recolhimento de tributos. O que se faz aqui é que se deixa para aplicar o orçamento do estado nas obras mais para o final do ano. É necessário ter esse investimento também no início para movimentar a economia”, ressaltou.
Segundo Richter este índice deve ser revertido em um futuro breve com as previsões do governo federal em investir, via Caixa Econômica Federal, R$ 500 milhões em obras para as classes baixa e média. “Os recursos do crédito imobiliário estão previstos, mas não chegaram ainda”, acrescentou. “Teremos ainda as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) que devem começar este ano”.
Mesmo com essa visão otimista o presidente do Sinduscon observa que é necessária uma ação conjunta entre a Caixa Econômica Federal, governo do estado, prefeituras e iniciativa privada para eliminar algumas questões que às vezes impedem o progresso e o desenvolvimento do setor.
“Deve haver menos burocracia na aprovação de projetos, liberação de licenças ambientas e créditos dos bancos. Desburocratizar e facilitar o que ainda é muito demorado e atrapalha a geração de emprego e renda”.