O Conselho de Desenvolvimento Agropecuário de Mato Grosso (CDA/MT) aprovou, ontem, laudo coletivo para prorrogação das parcelas vencidas e vincendas em 2007 do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO Rural). O documento será encaminhado ao Banco do Brasil, que foi autorizado pelo Conselho Deliberativo do FCO (Condel/FCO) a utilizar o documento para prorrogação dos débitos. De acordo com o texto aprovado na última sexta-feira, fica a critério da instituição financeira acatar o documento.
A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e as associações dos ciradores (Acrimat) e dos produtores de soja (Aprosoja/MT) e algodão (Ampa) participaram da reunião do CDA para expor o balanço financeiro dos produtores rurais, provando a inviabilidade de quitação dos débitos. O diretor executivo da Aprosoja/MT, Marcelo Duarte expôs que os custos de produção, problemas logísticos e descompasso na taxa cambial no momento da aquisição dos insumos, quando a moeda americana estava valorizada e no ato da venda, dólar mais baixo, afetaram drasticamente a rentabilidade dos produtores.
O laudo técnico que será encaminhado ao banco também foi chancelado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (Seder/MT) e pela Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). A estimativa é que o débito dos produtores de Mato Grosso com o FCO Rural seja de R$ 250 milhões para o exercício 2007. A dívida total do Centro-Oeste é de R$ 500 milhões.