quarta-feira, 1/maio/2024
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Concessão de trecho rodoviário no Nortão gerará mais de mil empregos e terá investimentos de R$ 1 bilhão

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A concessão do trecho de 188 quilômetros das MTs 320 e 208 gerará 1.146 empregos. A estimativa consta no estudo econômico-financeiro divulgado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra). O documento aponta que, deste total, serão 162 empregos diretos na operação e mais 29 diretos na administração da concessão. Ainda é estimada a criação de 955 empregos indiretos.

Só Notícias teve acesso ao estudo onde é apontado que a concessão do trecho deve receber investimentos de R$ 1.080 bilhão. Deste total, R$ 566,3 milhões (52,4%) são investimentos diretos na rodovia: R$ 184,7 milhões com ampliações e melhorias, R$ 88 milhões em trabalhos iniciais e recuperação do pavimento e R$ 293,6 milhões como investimentos na conservação e manutenção da rodovia durante o prazo de concessão.

A Sinfra também estima a geração de 888 empregos (740 indiretos e 148 diretos) com a concessão de um trecho de 111 quilômetros da MT-100, em Alto Araguaia. Para esta concessão, são esperados investimentos de R$ 850 milhões, dos quais, R$ 385 milhões serão aplicados na rodovia. Já com a concessão de 233 quilômetros das MTs 246, 343, 358 e 480, em Tangará da Serra, devem ser gerados 1.464 empregos (29 diretos, 215 na operação e 1.220 indiretos). Este trecho deverá receber ainda R$ 1,4 bilhão de investimentos (R$ 803 milhões na rodovia).

Conforme o edital de concorrência pública, após vencerem o certame, as concessionárias deverão instalar três praças de pedágios no Nortão. A primeira ficará no quilômetro 14 da MT-320, em Colíder (a 14 quilômetros do entroncamento da rodovia com a BR-163). A segunda praça ficará no quilômetro 59, em Nova Canaã do Norte. A terceira será instalada no quilômetro 23 da MT-208 (a 23 quilômetros do entroncamento com a MT-320).

Também serão instaladas praças nos quilômetros 15 e 86 da MT-100, em Alto Taquari e Alto Araguaia, respectivamente. O edital ainda prevê a implantação de praças de pedágio no quilômetro 22 da MT-246, em Rosário Oeste, no quilômetro 5,6 da MT-343, em Barra do Bugres, e nos quilômetros 37 e 114 da MT-328, em Tangará da Serra.

O edital fixou a tarifa básica máxima de pedágio em R$ 7,90, com “objetivo de uniformizar os valores cobrados nas rodovias concessionadas, proporcionando recursos compatíveis com os investimentos previstos e para a preservação do patrimônio rodoviário através da conservação de grande parte das rodovias do Estado de Mato Grosso”. A instalação das praças está prevista para o 13º mês de concessão, após a execução dos trabalhos iniciais previstos no edital.

O critério de julgamento da licitação será o de maior “outorga fixa”.  Desta forma, serão declaradas vencedoras as empresas que ofertarem o maior pagamento. Para o lote 1 (Alto Araguaia), o valor mínimo é de R$ 3,6 milhões. Para o lote 2 (Alta Floresta), foi estipulado valor mínimo de R$ 1 milhão. Já para Tangará da Serra, o valor mínimo a título de outorga será de R$ 3 milhões. As propostas das empresas interessadas serão abertas no dia 21 de fevereiro.

O decreto autorizando a concessão foi assinado por Carlos Fávaro e publicado no Diário Oficial do Estado. Conforme o documento, o prazo de concessão será de 30 anos, segundo “recomendado pelo estudo econômico-financeiro, podendo ser prorrogado por normas contratuais”. As empresas vencedoras deverão prestar serviços de “manutenção, recuperação, implantação de melhorias e operação rodoviária”.

 

Os serviços de melhoria incluem as rodovias e “todos os elementos integrantes da faixa de domínio, além de acessos e alças, edificações e terrenos, pistas centrais, laterais, marginais ou locais, ciclovias, acostamentos, obras de artes especiais, futuras obras de melhorias e quaisquer outros elementos que se encontrem nos limites da faixa de domínio, bem como pelas áreas ocupadas com instalações operacionais e administrativas relacionadas à concessão”.

No decreto, o governo justifica que “os estudos preliminares apontaram que as concessões rodoviárias permitirão que parte da malha seja explorada pela iniciativa privada, o que garantirá a aplicação de recursos públicos em trechos onde não há atratividade para o mercado e viabilizará a sustentabilidade do sistema de transporte”. Outro argumento é de que, “além de atrair investimentos privados e reduzir o aporte de recursos públicos nos trechos das rodovias que serão objeto de concessão, o retorno econômico pretendido transcenderá as fronteiras, atingindo outros setores econômicos e usuários diretos ou não, da malha rodoviária”.

Na segunda fase, serão incluídos no programa mais de 2.600 km, divididos em 12 trechos rodoviários. Todo o programa deve receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões. Ao todo, serão concedidos (somadas as duas fases) 3.126 km de rodovias. Para estes outros lotes, o Estado já publicou o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), que é um instrumento democrático para o planejamento de concessões, onde o Estado e as empresas atuam. As empresas apresentam estudos de interesse antes da realização da licitação pelo Estado.

O trabalho de modelagem das concessões foi feito por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), com apoio da MT Parcerias S.A (MT PAR), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager) e consultoria contratada pelo Estado.

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