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Comércio varejista de Mato Grosso fecha ano com alta de 15% nas vendas

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O comércio varejista de Mato Grosso fechará 2008 com incremento de 15,78% nas vendas. O percentual é resultado da comparação da comercialização deste ano com a realizada nos 12 meses de 2007. Somente em dezembro, a alta verificada é de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, bem superior à expectativa inicial, que apontava crescimento entre 5% e 8%.

Os números fazem parte de levantamento sobre o comércio estadual, feito pela Federação do Comércio e Bens e Serviços de Mato Grosso (Fecomércio-MT) e Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso (Facmat) e divulgados ontem. Já os dados da semana do Natal, especificamente, ainda não foram concluídos.

O presidente das entidades, Pedro Nadaf, explica que as vendas no comércio estadual vêm registrando alta desde 2006, depois de encerrar o ano com balanço negativo em relação ao ano anterior, e que este ano mesmo com cenário de dúvidas sobre a economia internacional, o resultado está sendo positivo, tanto que superou as expectativas. “Isso comprova que a atividade comercial de Mato Grosso está aquecida, apesar da tônica de crise que está pairando sobre a economia mundial. Este cenário negativo ainda não chegou ao Estado e esperamos que nem chegue”, afirma ao acrescentar que vários fatores contribuíram para os números obtidos no varejo.

Ele cita que um deles foi o aumento no poder aquisitivo da população. O salário mínimo, por exemplo, aumentou 9,2% este ano, passando de R$ 380 para R$ 415. “A alta foi superior ao índice inflacionário, proporcionando mais renda e com isso as vendas aumentaram”. Outro fator considerável para os resultados deste ano, sobretudo no último bimestre é com relação à injeção de recursos na economia, proveniente do pagamento do 13º Salário.

Segundo levantamento da Fecomércio, estes recursos somaram a cifra de R$ 700 milhões, sendo R$ 370 da iniciativa privada e outros R$ 330 milhões do funcionalismo público (tanto esfera federal, estadual e municipal). No ano passado circularam cerca de R$ 600 milhões, sendo que da esfera pública foram R$ 310 milhões e do setor privado R$ 290 milhões. “Houve mais geração de emprego este ano e por isso aumentou a participação do 13º salário por parte das empresas privadas”.

Para o ano que vem, conforme Nadaf, já se prevê um aumento nas vendas em pelo menos 5% em relação à movimentação de 2008. Ele diz que a federação entregou ao governador Blairo Maggi um documento mostrando uma prévia de como vai se comportar a economia estadual em 2009, assim como outras entidades representativas. “Se o impacto da crise não chegar, este percentual poderá ser ainda maior”

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