Esta semana Mato Grosso passou a ocupar o primeiro lugar no ranking dos maiores produtores de óleo comestível do Brasil, deixando o Paraná em segundo e o Rio Grande do Sul em terceiro lugar. O anúncio foi feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove). As 12 empresas do setor instaladas no Estado são incentivadas pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), gerido pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
Destas 12 empresas, três produzem óleo comestível, duas estão instaladas em Rondonópolis e a outra em Primavera do Leste. Juntas produzem 438.343.167,44 toneladas (quase 5 milhões) por ano. As demais, produzem óleo degomado e outros subprodutos da soja e estão instaladas nos municípios de Campo Novo do Parecis, Nova Mutum, Porto Alegre do Norte, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Cuiabá.
O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, ressalta que incentivar as empresas para que agreguem valor à matéria-prima é uma Política de Governo. “Estamos trabalhando para tornar Mato Grosso o primeiro no ranking de várias cadeias produtivas”.
De acordo com Nadaf, além da captação de novos empreendimentos, o Governo do Estado também incentiva as empresas já instaladas a agregar valor ao produto. “Assim, vamos deixando de ser produtor de matéria-prima, para se tornar um Estado industrializado, o que consequentemente gera mais renda, aumenta o número de postos de trabalho e melhora a qualidade de vida da população”.
O economista da Abiove, Rodrigo Feix, diz que o processamento e o refino da soja deve aumentar ainda mais em Mato Grosso em função da abundância de matéria-prima. Rodrigo também atribui o aumento à ampliação de algumas empresas já instaladas e a implantação de novas unidades do setor.
Dados da Abiove revelam que Mato Grosso produz 36,6 mil toneladas por dia. O Paraná que era o primeiro colocado no ranking passou a ocupar o segundo lugar com uma produção de 35,6 toneladas por dia qual uma a menos que Mato Grosso. Já o Rio Grande do Sul produz somente R$ 30,4 toneladas por dia e ocupa o terceiro lugar.