A taxa de juros do cheque especial subiu pela terceira vez seguida em junho e, segundo dados da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), passou de 7,43% ao mês (136,32% ao ano) para 7,50% a.m. (138,18% ao ano) do quinto para o sexto mês do ano, registrando a maior taxa desde junho de 2009, quando estava em 7,54% ao mês. É importante lembrar que as taxas variam – e muito – de banco para banco, o que faz com que o gasto com juros seja muito diferente no uso do cheque especial.
Descontrole
Mesmo com os altos juros e havendo outras alternativas disponíveis, uma parcela grande dos brasileiros ainda usa o cheque especial para fechar as contas ao final do mês. Muitos deles consideram o limite do cheque especial parte de sua renda, o que pode acabar levando ao descontrole e, consequentemente, ao endividamento.
Especialistas salientam que as menores taxas costumam estar disponíveis para clientes de alta renda. Portanto, ao precisar de um dinheiro extra, só se deve recorrer ao cheque especial quando não houver outra saída. Alternativas como desconto em folha (empréstimo consignado) e crédito pessoal costumam ser mais baratas.
Saindo das dívidas
Para quem já possui dívidas no cheque especial, o empréstimo consignado ou crédito pessoal podem ser formas de "trocar a dívida cara por uma mais barata", com taxa de juros menores. Quem fizer essa opção deve analisar com atenção o contrato feito com o banco e o valor da taxa cobrada pelo empréstimo.
Outra forma de evitar novos problemas é pedir que a instituição cancele essa linha de crédito, encerrando o limite do cheque especial. Para isso, porém, é necessário que o cliente negocie seus débitos atuais com a instituição financeira.