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Cerâmicas ficam com produção ameaçada em Sinop por ‘bloqueio’ de barro

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Um grande parte das cerâmicas de Sinop já está com suas linhas de produção paradas há quase um mês, devido ao embargo os barreiros e postos de areias do município, feito pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), devido a falta de documentação legal das empresas do setor. “Hoje acabaram os tijolos do estoque. Meus funcionários já estão de braços cruzados e se continuar assim terei que começar a fazer demissões”, lamenta Élson Hoffmann, proprietário de uma cerâmica em Sinop. O empresário contou, ao Só Notícias, que tem uma produção diária de 60 mil tijolos e a continuidade está ameaçada desde o mês passado. “Não temos mais produto para atender a demanda e nem matéria prima para produzir mais. O Ibama ainda não falou quando os barreiros serão liberados. Eles ficam sempre enrolando. A situação já está alarmante”, afirma.

Os barreiros e os postos de areia foram embargados pelo Ibama há quase um mês devido a falta de documentação para atividade e de licenças ambientais. Segundo o coordenador técnico do controle ambiental do Ibama de Sinop, Roberto Agra, os barreiros e postos foram notificados anteriormente e avisados que, caso não se regularizassem seriam impedidos de trabalhar, mas não tomaram as atitudes necessárias. “Essa notificação foi feita em janeiro. Eles tiveram quase 6 meses para se adequarem e não fizeram nada. Então, nos embargamos estas empresas até que elas se regularizem”, disse.

Roque Roveroto, que também é proprietário de uma cerâmica em Sinop, diz que a situação já está insustentável. “Já encaminhamos a documentação para Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) de Cuiabá, mas até agora nada de liberação. Eles ficam falando ‘é na semana que vem’, mas nunca tomam uma decisão”, reclama o empresário.

Roveroto também já adverte para o preço do tijolo em Sinop, que devido a escasses de matéria-prima tende a elevar seu preço. “Eu que vendia o milheiro a R$ 119 estou tendo que cobrar R$ 160, para poder quitar os custos de manter uma fábrica que na verdade não está funcionando”, lamenta. O empresário também diz que segundo contatos com a Sema de Cuiabá a liberação da documentação que permitiria a retomada da retirada do barro, ainda iria levar mais 30 dias. “Se demorar mais um mês não sei o que iremos fazer. As demissões já estão sendo cogitadas”, concluiu.

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