O volume de cheques devolvidos a cada mil compensados fechou o ano em queda. Foram devolvidos, em todo o país, 19,5 sem fundos, a cada mil compensados em 2007, um recuo de 5,8% sobre 2006, quando houve 20,7 devoluções em cada mil, segundo levantamento da Serasa, maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios.
De janeiro a dezembro, foram devolvidos 29,93 milhões de cheques no Brasil, dentre 1,53 bilhão de compensados. No acumulado de 2006, foram 35,46 milhões de devoluções de um total de 1,71 bilhão de cheques compensados.
Em dezembro, houve uma queda de 2,6%, com 18,7 cheques devolvidos a cada mil compensados, em comparação com o mês anterior, novembro, quando foram 19,2. No último mês de 2007 foram compensados 122,82 milhões de documentos, dos quais, 2,30 milhões devolvidos duas vezes por insuficiência de fundos. Os cheques compensados em novembro de 2007, totalizaram 123,91 milhões, dos quais 2,38 milhões foram devolvidos por falta de fundos.
Na comparação com dezembro de 2006, o índice apresentou uma redução de 1,06%. Foram devolvidos 18,9 cheques a cada mil compensados em dezembro de 2006, sendo que o total de cheques compensados no mês ficou em 137,71 milhões e o de devolvidos, 2,60 milhões.
Para os técnicos da Serasa, nos aspectos macroeconômicos, a queda das taxas de juros e o aumento da massa salarial e do emprego formal (com carteira assinada) atenuaram a inadimplência com cheques em 2007.
Além disso, o número total de cheques compensados caiu 10,3% na comparação 2007 sobre 2006 e o de cheques devolvidos por falta de fundos, 15,6%. Esta queda maior na inadimplência com cheques, em relação ao volume compensado, reflete uma melhora na qualidade do crédito concedido via cheques (pré-datado). Este é um fato positivo para a utilização do cheque, que durante anos encabeçou a lista de inadimplência, e também para o próprio varejo, que o recebe.
Com a maior oferta de crédito em 2007, nas mais diversas modalidades, a nadimplência acabou se pulverizando entre as dívidas com os bancos e com cartões de crédito e financeiras, conforme verificado no Indicador Serasa.