O índice de 69% que retrata a confiança na estabilidade econômica por parte dos empresários de Mato Grosso para primeiro semestre de 2009 é o menor desde o ano de 2003. Em todo esse período de cinco anos somente no segundo semestre de 2005 houve um percentual abaixo desse, de 60%. O número está na pesquisa semestral feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), divulgada ontem. Para o presidente da entidade, Pedro Nadaf, é um comportamento natural dos empresários a cautela, uma vez que o clima é de crise internacional.
A pesquisa da Fecomércio avalia a opinião dos empresários sobre temas como confiabilidade na economia, percentual de inflação, crescimento econômico e confiança no governo, por exemplo. Esta edição da sondagem, que mede as expectativas para o primeiro semestre de 2009 foi feita entre 400 empresários do ramo de comércio (250) e serviços (150) no período de 1 a 12 de dezembro. As entrevistas incluíram 15 municípios.
Para se ter uma idéia de como caiu a confiança dos empresários na manutenção da estabilidade econômica, os otimistas somavam 85% em todo ano de 2008. Em 2007 eles eram 84% no primeiro semestre e 85% no segundo. Ou seja, os que não acreditam que a economia vá se manter estável mais que dobraram, de 15% para 31%.
Em relação ao percentual de inflação que deve ser verificado nos primeiros seis meses do ano que começa, também aumentou o número de empresários que prevê índices de 3,1% a 10%. Os 37% que acreditavam em uma inflação nos patamares de 3,1% a 6% no segundo semestre de 2008 cresceram para 45%, ou oito pontos percentuais a mais. Também subiram de 12% para 21% aqueles que no ano passado disseram prever uma inflação variando de 6,1% a 10%. Os empresários mais otimistas reduziram de quantidade. Enquanto na pesquisa da segunda metade de 2008 43% apontaram esperar índices inflacionários de 0 a 3%, somente 29% arriscaram esse mesmo percentual para 2009.
Mesmo assim, com grande redução dos otimistas, ainda é maior o número de empresários que disseram aos pesquisadores da Fecomércio acreditar que haverá crescimento econômico, tanto no Estado quanto no país para este ano.