Ainda não foi divulgada a nova previsão de acionamento da primeira turbina da Pequena Central Hidrelétrica Canoa Quebrada construída entre Lucas do Rio Verde e Sorriso. Só Notícias tentou entrar em contato com o diretor da empresa Atiaia Energia, Manuel Gonçalves Martins, para obter maiores detalhes, mas não teve êxito.
O cronograma estabelecido inicialmente previa o início de geração de energia a partir do quarto trimestre de 2006. O acionamento, no dia 30 de setembro de uma das três turbinas de 9,33 megawatts foi adiado. A segunda seria acionada em 15 de outubro e a última no dia 30 do mesmo mês. O funcionamento alternado se explica pelo fato de que cada uma delas deve passar por uma fase de teste antes de começar a geração de energia.
O complexo gerador terá 28 megawatts de potência. O reservatório ocupará uma área de 1.050 hectares e a barragem, com 820 metros de comprimento, tem uma altura de 34 metros e duas comportas de controle do excedente de água não utilizado pelas turbinas. Quando estiver operando no máximo de sua capacidade, calcula-se que a usina terá uma vazão variável de 100 a 250 metros cúbicos por segundo, dependendo das condições climáticas.
De acordo com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, a usina está localizada a 35 quilômetros da zona urbana, num dos trechos em que o Rio Verde serve de divisa com o município de Sorriso. O custo de implantação foi de aproximadamente R$ 116 milhões. Provocou a geração de 850 empregos diretos no momento de maior atividade no canteiro de obras e de mais de 1.000 empregos indiretos e potência para atender a uma população de 100 mil habitantes. Ou seja, poderá atender a Sorriso e Lucas do Rio Verde com sobra de energia.
O projeto ainda prevê a delimitação de uma área de preservação permanente (APP) de 700 hectares ao redor da usina, o plantio de 500 mil mudas nativas e a construção de uma escada de 350 metros para que os peixes do Rio Verde não tenham sua passagem obstruída durante a piracema.