Segundo comunicado distribuído pelo Itaú, sobre a fusão com o Unibanco, nada muda para os clientes dos dois bancos agora.
Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços, informa a nota.
Qualquer mudança só deverá ocorrer depois de a fusão ser efetivada legalmente. Isso depende de três instâncias: acionistas do Itaú e do Unibanco e a aprovação do Banco Central.
Primeiro, é preciso que assembléias gerais extraordinárias dos acionistas dos dois bancos aprovem a negociação. Depois disso, também é necessário que o Banco Central dê o seu aval.
Os dois bancos juntos têm 14,5 milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado. As operações de cartões de crédito passam a contemplar as empresas Itaucard, Unicard, Hipercard e Redecard.
O novo banco terá cerca de 4.800 agências e postos de atendimento, representando 18% da rede bancária.
Mais segurança, menos opções
A fusão entre o Itaú e o Unibanco é “positiva” para o sistema financeiro do país, mas para os clientes o negócio “não é muito bom”, na visão do economista Euridson de Sá, sócio da Pezco Consultoria.
“Toda concentração, se for pensar do ponto de vista do cliente, é ruim; ele agora passa a ter uma opção a menos”, afirma o economista. Por outro lado, a fusão torna o setor financeiro brasileiro “mais sólido”, mais seguro diante da crise financeira internacional. Sá ressalva, no entanto, que a maior segurança não significa imunidade total à crise.
Segundo o economista, os clientes não perceberão, num primeiro momento, o aumento de tarifas e juros. A elevação dos preços já vinha ocorrendo devido à crise mundial, de modo que não será possível saber, inicialmente, se os próximos passos de aumento de juros serão resultado dos problemas globais ou do fato de haver um grande banco a menos competindo por correntistas.
Sá afirma, ainda, que a unificação das operações terá um ponto positivo para os clientes, pois os correntistas de um banco terão acesso aos serviços do outro.