O custo do empréstimo pessoal ficou mais caro no mês passado, mesmo com a queda da taxa de juros ocorrido no crédito consignado (conhecido como com desconto em folha), segundo dados do Banco Central.
Desde o início do crédito consignado, que é mais barato, houve uma queda na taxa média cobrada no crédito pessoal. Mas não foi o que ocorreu em agosto.
O consignado está dentro da modalidade de crédito pessoal e caiu em agosto 0,2 ponto percentual, para 36,6% ao ano. Já o volume de recursos destinados a esse tipo de empréstimo subiu 4,9% no mês passado, chegando a R$ 20,675 bilhões.
Já a taxa de juros do crédito pessoal subiu de 76,6% ao ano em julho para 77,1% em agosto. Esses empréstimos cresceram 3,1% no mês e somam R$ 59,060 bilhões –já incluindo o valor dos empréstimos com desconto em folha.
Também foi registrado um aumento na taxa de juros do cheque especial, que passou de 148% ao ano para 148,5% ao ano em agosto.
Já o custo dos empréstimos para aquisição de veículos teve uma queda de 0,4 ponto percentual, para 35,7% ao ano. O mesmo ocorreu com a taxa para aquisição de bens em geral, que passou de 54,7% ao ano para 53,7% ao ano.
Essas duas quedas contribuíram para o leve recuo na taxa de juros médias cobrada da pessoa física, que caiu 0,1 ponto percentual, para 64,4% ao ano. O spread –diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes– nessas operações é de 46,2 pontos percentuais.
Segundo o BC, a expansão do crédito para as pessoas físicas é conseqüência do crescimento das carteiras de crédito pessoal e do financiamento para a aquisição de veículos.
Já a taxa média cobrada da pessoa jurídica (empresas) subiu de 33% ao ano para 33,2% ao ano. Neste segmento, o spread é mais baixo, de 13,7 pontos percentuais.
A taxa de juros média –incluindo as operações para pessoas físicas e jurídicas feitas com recursos livres– subiu 0,3 ponto percentual, para 49,1% ao ano.