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Banco Central faz leilão e dólar fecha em alta de 1,13%, a R$ 2,15

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O dólar terminou a sessão de hoje em alta de 1,13%, a R$ 2,150 para venda. Foi a segunda sessão seguida de alta, depois uma seqüência de seis quedas. A alta teva ajuda do Banco Central, que fez leilão de compra de dólares no meio da tarde. Durante a manhã, a moeda operou estável.

A sessão teve baixo volume de negócios. Segundo o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, perto do fechamento o volume de negócios no segmento interbancário era de cerca de US$ 600 milhões de dólares – frente a média diária superior a US$ 1,5 bilhão.

Analistas lembraram que a baixa liquidez acaba deixando a cotação suscetível a qualquer volume de saída de recursos, o que pode provocar uma alta “artificial” das cotações.

“Mas na questão de fundamentos econômicos, o mercado está tranquilo. Até mesmo a expectativa de alguma notícia mais forte no fim de semana não aconteceu”, disse o gerente.

Ele destacou, porém, que o mercado mantém a cautela diante do cenário político, por conta das denúncias envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

O caseiro Francenildo dos Santos Costa afirmou na semana passada que o ministro frequentava uma mansão em Brasília onde supostamente aconteciam festas com garotas de programa e distribuição de dinheiro obtido de forma ilícita.

O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, lembrou ainda que as tesourarias costumam pressionar o dólar para cima à tarde, de olho no leilão de compra de dólares do Banco Central.

Na operação desta segunda-feira, a autoridade monetária aceitou apenas três propostas, com taxa de corte a R$ 2,145.

“E também o dólar está subindo frente às principais moedas, o que é um fator que acaba pressionando aqui”, acrescentou o diretor.

O dólar ganhava força no campo externo nesta segunda-feira, enquanto os mercados aguardavam um discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, em busca de sinais sobre o futuro da política monetária norte-americana.

O diretor de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, citou ainda alguns ajustes de posição de tesourarias, movimento iniciado na semana passada depois de uma forte queda do dólar. A moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 2,099 reais pela primeira vez em cinco anos.

A corretora NGO destacou em relatório que os bancos têm uma certa resistência em derrubar o dólar abaixo de R$ 2,10 e que as tesourarias vêm aumentando as posições compradas (apostas numa alta da moeda).

“Se os bancos mantiverem a postura de aumentar suas posições compradas, a moeda americana tenderá a estabilizar-se ou ter uma pequena apreciação estimulada pelos mesmos”, apontou o economista Sidnei Moura Nehme, no relatório.

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