Mais de 130 bancários participaram nesta segunda-feira, 25, da assembléia geral que deliberou a greve de 24 horas nas agências bancárias de Cuiabá e Várzea Grande. Na reunião ficou decidido que durante todo serão paralisados todos os serviços nos bancos, menos nos setores de auto-atendimento. “Os bancários estão mobilizados para demonstrar aos banqueiros, que não estão brincando, e que querem ser respeitados”, afirma o presidente do Sindicato, Eduardo Alencar.
A greve de 24 horas, também chamada de Greve de Advertência, acontece exatamente, após cinco rodadas de negociação, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “A Minuta de Reivindicações da categoria está com a Fenaban desde o dia 10 de agosto, e até agora, a classe patronal insiste na proposta de 0% de reajuste”, explica o secretário de Imprensa e Divulgação do Sindicato e bancário do ABN Real, Arilson Silva.
Além de mobilizar a categoria, o SEEB/MT tem se preocupado em esclarecer à população sobre as ações gananciosas dos banqueiros, que teimam em não contratar mais funcionários e melhorar assim, o atendimento nas agências; teimam também, em continuar com a cobrança de altas tarifas, sem reverter em melhorias para o trabalhador e para a sociedade, além de acumular a cada ano, lucros sobre lucros.
A categoria reivindica aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.
A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.