A balança comercial brasileira teve déficit de US$ 338 milhões na segunda semana deste mês, resultado de US$ 4,2 bilhões em importações, que superaram os US$ 3,9 bilhões em exportações registrados no período. O saldo negativo foi menor que o da primeira semana de fevereiro, US$ 1,7 bilhão. O motivo foi o crescimento das exportações, principalmente de produtos não industrializados, e o recuo nas importações.
No entanto, o resultado acumulado no ano continua no vermelho, passando de US$ 5,7 bilhões para US$ 6 bilhões. Em janeiro, a balança registrou o pior déficit em 20 anos. Os dados foram divulgados hoje (17) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A média diária das exportações, que corresponde ao volume de ingressos financeiros por dia útil, ficou em US$ 791,2 milhões, 21,4% superior ao da primeira semana. Os itens básicos puxaram a alta, com incremento de 37% na média diária das vendas de petróleo, grãos de soja, milho e café, folhas de fumo e bovinos vivos. As exportações de semimanufaturados e manufaturados também cresceram, com alta respectiva de 17,6% e 6,2%, segundo o critério da média diária. No primeiro grupo, os responsáveis foram açúcar bruto, celulose, semimanufaturados de ferro ou aço e ferro-ligas. No segundo, aumentaram as vendas de automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, veículos de carga, motores e geradores, açúcar refinado e aviões.
Fazendo o movimento contrário, a média diária de importações teve retração de 13,4%, de US$ 992,2 milhões para US$ 858,8 milhões da primeira para a segunda semana de fevereiro. De acordo com o ministério, houve diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, eletroeletrônicos e siderúrgicos, instrumentos de ótica e precisão, cereais e produtos de moagem.