O Ministério de Minas e Energia autorizou hoje a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a definir os critérios para o repasse ao consumidor da alta no preço do gás natural vendido pela Bolívia à Termocuiabá (cujo nome oficial é UTE Governador Mário Covas).
Na portaria, o governo reconhece oficialmente que o acordo envolvendo a usina termelétrica irá acarretar “impacto direto no custo final da energia produzida”.
Pelo acordo fechado com a Bolívia, durante visita do presidente Evo Morales ao Brasil nos dias 14 e 15 de fevereiro, o preço do gás natural vendido à termelétrica passará de US$ 1,19 por milhão de BTU (unidade de medida térmica) para US$ 4,20.
Como a usina é considerada “essencial” para o abastecimento do Sistema Interligado Nacional, e sua energia está totalmente contratada por Furnas Centrais Elétricas, o pagamento dessa diferença será rateado pelos consumidores finais.
A expectativa do governo é a de que o impacto dessa medida nas contas de luz seja de 0,2%, repassado na época de cada reajuste anual.
Apesar de se tratar de uma negociação comercial entre a Bolívia e a usina térmica privada no Brasil, a mediação do governo brasileiro foi essencial no acordo, uma vez que garantiu o repasse do ajuste no preço do gás para o contrato de fornecimento de energia da usina, chegando ao consumidor