Não houve acordo ontem na reunião entre o Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Construção Civil e Mobiliário) e Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso) para o reajuste salarial aos trabalhadores das indústrias madeireiras em Sinop e região.
O encontro, na sede do Ministério do Trabalho, em Cuiabá, durou cerca uma hora, mediada pela auditora fiscal do Ministério do Trabalho Marilete Giraldi. O Sindusmad manteve a proposta de reajuste de 7%. O Siticom reivindica 11%. O presidente do Siticom, Vilmar Galvão, informou através de sua assessoria que “não existe mais condições de ser feita qualquer tentativa de negociação, tenho esta como sendo ponto final”.
Segundo ele, a decisão agora será definida em
assembléia geral com os trabalhadores. “Caso os patrões
mantivessem o valor de poder de compra dos trabalhadores seria possível essa negociação ser acordada”, concluiu ele.
O presidente do Sindusmad, Jaldes Langer, disse ao Só Notícias que o setor madeireiro não tem como oferecer um aumento salarial acima desse percentual “pelo momento que vive o setor e o mercado em geral”. Ele destacou que a demora na tomada de uma decisão sobre o subsídio para a classe prejudica muito o trabalhador.
“Eles já deixaram de ter o aumento no mês de maio. Alguns empresários já concederam o aumento de 7%, independente da decisão, mas a grande maioria ainda não teve aumento”, explicou. A assembléia geral dos trabalhadores ainda terá data definida pela diretoria do sindicato.
Sinop conta com aproximadamente 4,5 mil trabalhadores do setor madeireiro. As negociações para definição do aumento salarial para a categoria começou em abril.