Preços de automóveis importados começam a ser reajustados em Mato Grosso. Após alta de 30 pontos percentuais no Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros importados de países que não pertencem ao Mercosul, concessionárias estão tendo de aumentar de 5% a 15% o valor ao consumidor final. Com o fim dos estoques dos modelos importados, as empresas recebem produtos com novos preços, como é o caso da Marazul, representante da Kia na Capital.
De acordo com o gerente de vendas, Marcos Pichinin, esta semana chegou a nova tabela e como os carros do estoque estão praticamente no fim, o repasse será imediato. Ele revela ainda, que desde o anúncio do governo federal sobre a alta no imposto, o movimento reduziu pela metade.
Diretor da Federação Nacional de Revendedores de Veículos em Mato Grosso (Fenabrave), Paulo Boscolo, explica que os novos valores começam a ser repassados agora pelas empresas, mas que muitas ainda estão conseguindo manter preços com venda de carros do estoque. Com relação à medida adotada pelo governo, Boscolo avalia como prejudicial para as próprias montadoras nacionais, que poderiam ganhar qualidade a partir da concorrência com os importados.
Aumento do IPI é voltado para carros com menos de 65% de peças nacionais ou trazidos de países que não integram o Mercosul. Gerente da Saga Nissan, Adriano Ferrari, explica que no caso da marca que representa não houve mudanças porque grande parte da frota é produzida no Brasil ou trazida do México, que também está dentro dos países beneficiados pelo governo.
Medida Provisória publicada pelo Ministério da Fazenda aumenta a alíquota dos carros com motor 1.0 de 7% para 37% e os de mil a duas mil cilindradas subirá de 11%, para 41%, no caso de veículos flex, e de 13% para 43% para carros a gasolina. MP entrou em vigor em 16 de setembro de 2011 e segue até dezembro de 2012.
Publicitária Jane Monteiro está a procura de um novo carro e diz que mesmo com as mudanças é possível encontrar carros importados com preço baixo. "Conheço o desempenho dos importados porque já tive um e nunca deu problemas". Nesta sexta-feira (14) países como Japão e Coreia do Sul se manifestaram junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a medida adotada pelo Brasil com relação aos importados.