O aumento de 32,6% nas exportações de madeira no Estado, este ano, conforme balanço da Secretaria de Comércio Exterior, não é reflexo de evolução para o segmento, base econômica de muitos municípios, que recebeu com cautela a notícia. É o que avalia o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado (Sindusmad), José Eduardo Pinto.
Segundo ele, ano passado, o setor passou por uma retração após a transição da gestão ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) à Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema), e enfrentou a morosidade na liberação de projetos de manejo para retirar matéria-prima, problema que prossegue até hoje, afetando negativamente as vendas. “O volume comercializado no ano passado foi muito pequeno, já que as empresas não conseguiam retirar matéria-prima, sobreviviam com o que tinham no estoque”, justificou. “Só poderemos ter um resultado mais preciso no ano que vem, comparando com os números deste ano”, concluiu.
Outro fator que está impedindo o avanço do setor no mercado externo, segundo ele, é a queda no câmbio. Esta semana, a moeda norte-americana registrou o menor patamar desde 2000, cotada a R$ 1,82, e mesmo com boas ofertas de compra, muitos negócios tornam-se inviáveis.
Só Notícias apurou que, atualmente, o setor exporta cerca de 50% de sua produção em Sinop. A madeira domina as negociações do município, representando 68,6% do volume exportado este ano. No ano passado, movimentou US$ 38 milhões (89% do volume total).