Mato Grosso subiu seis posições no ranking de requerimento de áreas para pesquisa mineral no Brasil, nos últimos anos. Em 2002, o Estado ocupava a 11º posição, com 445 requerimentos minerários. No ano passado, ficou com a 5º posição, depois da Bahia, Minas Gerais, Goiás e Piauí. Foram 1.407 requerimentos para pesquisas, autorizados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
De acordo com o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, o avanço do Estado na área mineral é resultado dos levantamentos geológicos realizados pelos técnicos da Secretaria e do Serviço Geológico do Brasil. “É por meio das informações geológicas que surgem os grandes investimentos no setor. A pesquisa é o primeiro passo para a descoberta de jazimentos em uma região”.
Outra prova do crescimento mato-grossense no segmento da pesquisa é o valor que o Estado investe por área estudada. O superintendente de Minas da Sicme, Joaquim Moreno, destaca que Mato Grosso ocupa o terceiro lugar no ranking do valor pago pela taxa anual por hectare requerido, com um total de R$ 8.120.482,40. “O trabalho de levantamento geológico tem o objetivo de minimizar os riscos para os interessados em investir no setor mineral. Quanto maior o número de informações, menor o risco de ter algum prejuízo durante uma pesquisa e investimento. E o Estado tem avançado na busca de pesquisas. Em 2003 não tínhamos nenhum mapa geológico e agora podemos contar com vários projetos de mapeamentos”.
Segundo Joaquim, o ambiente geológico de Mato Grosso é propício para hospedar grandes jazimentos, principalmente nas áreas de zinco, cobre e níquel. Dentre as pesquisas de destaque estão as de Aripuanã, com estudos de polimetálicos (zinco, cobre, chumbo) e Vale do Guaporé com ouro, chumbo, cobre e etc.
Desde 2003, vários projetos e investimentos foram realizados no Estado, como o mapa geológico do estado, estudos geológicos e cadeia produtiva de rochas calcarias e fosfatadas para insumos agrícolas, levantamento geoambiental e aerogeofísico.
Dentre os minerais pesquisados em Mato Grosso, destacam-se a areia, argila, argila refratária, basalto, calcário, calcário calcítico, cobre, calcário dolomítico, cascalho, chumbo, cassiterita, ferro, diamante, diamante industrial, estanho, fosfato, granito, manganês, mármore, níquel, ouro, quartzo, quartzito, turfa, zinco.