Dirigentes da Associação dos Proprietários do Centro Comercial de Sinop (Apiccs) se reuniram, ontem à tarde, com a secretária de Governo, Faira Strapazzon, para debater sobre a implantação do sistema de estacionamento rotativo no centro comercial do município, incluindo a avenida Julio Campos, rua das Nogueiras, Pitangueiras e demais do quadrilátero central. Foram consideradas também a melhoria do trânsito e aumento de vagas para veículos.
O presidente da Apiccs, Mauri Rodrigues de Lima (ex-presidente do Departamento de Trânsito de Mato Grosso) detalhou, ao Só Notícias, que o sistema analisado é o mesmo utilizado em Toledo (PR) que não tem taxas de cobranças para donos de veículos desde que cumpram as normas aplicadas. “Nós estivemos no Paraná, 60 dias atrás e visitamos o sistema de Curitiba, Londrina, Maringá, Apucarana, Arapongas, Campo Mourão, Cascavel e Toledo. Especialmente em Toledo e Cascavel, há o estacionamento rotativo, mas gratuito. Eles deixam um prazo ser estacionado e mudando de setores, fica isento de pagamento o dia inteiro. Por exemplo, em Sinop você estaciona por 2h na Julio Campos e antes de vencer às 2 horas, você muda para outro setor, a rua das Nogueiras, por exemplo. Aí você não paga nada, é só o você ficar mudando (o veículo de local)”, explicou.
“Evidentemente a zona azul, ou estacionamento rotatório, não tem como fugir disso porque a cidade (Sinop) cresceu, tem uma frota de 173 mil veículos, enfim é um momento intenso. Entretanto, no momento que o mundo atravessa, a crise econômica que está abalando o sistema todo de modo geral, a gente entende que mais uma taxa para o consumidor seria fatal, no sentido de pegar os lojistas num plano que eles não suportariam.”
Segundo Mauri, a implantação do sistema tem funcionado com excelência nos municípios citados, garantindo que o consumidor não pague mais por isso, desde que a legislação seja cumprida corretamente. “Se depois das duas horas o consumidor persistir e não fizer a mudança de local, é aplicada uma multa R$ 50, não haverá pontuação na carteira. Eles têm 10 dias de prazo para poder pagar, caso não paguem, daí é aplicada a multa de do trânsito e pontuação na carteira.”
O presidente da associação afirmou que a intenção da entidade é que não haja cobrança pelo estacionamento no local por parte da prefeitura que, inicialmente, cobraria por vaga, desde que a população atenda as normas corretamente. “Não queremos cobrança, somos contrários. Se temos uma alternativa que não cobre do consumidor, por sua vez ele faz as compras. O centro comercial de Sinop é composto de pessoas de baixa renda, são lojas de varejo, não são grandes lojas de marcas de luxo, como tenha talvez no shopping, entre outros. Bateria na testa do consumidor se fosse para cobrar, mesmo que seja R$ 8. Vamos imaginar que a pessoa vai comprar uns shorts, chinelo, roupas íntimas, semijoias ou bijuterias, que custa R$ 15, ele vai pagar R$ 5 de estacionamento? Não faz sentido”, defende Mauri.
Ele também defendeu que seja realizada a revitalização do quadrilátero, com novas calçadas, melhorias na iluminação, entre outros. Outra proposta da Apiccs, foi a implantação de 930 novas vagas de estacionamento, em que a associação realizou estudo de locais, praticamente dobrando a quantidade atual. “Com diminuição do canteiro da avenida dos Jacarandás, 1 metro cada lado das calçadas, Acácias, Figueiras e Embaúbas. Na Júlio Campos, diminuição da Plínio Callegaro até a Catedral.”
“Espero que continue o diálogo, que não se tome decisão unilateral ou precipitada, ou no sentido de tomar decisão, desconsiderando tudo que falamos. Se for preciso fazer um levantamento no setor comercial, a gente faz 100%. A partir do momento que você oferece mais estacionamentos, você tem a oportunidade de não cobrar.”
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