O cultivo do abacaxi está sendo incentivado aos pequenos produtores de Sorriso, mais precisamente aos assentados do projeto Jonas Pinheiro, através de um curso realizado pela Empaer – Empresa de Pesquisas Agropecuárias e Extensão Rural e Secretaria Municipal de Agricultura. O curso, que termina amanhã, está abordando desde as técnicas de plantio e colheira, como as principais pragas, necessidade de adubação e comercialização, entre outros.
O Brasil, segundo dados da FAO, é o terceiro maior produtor de abacaxi do mundo (atrás da Tailândia e Filipinas). De acordo com o IBGE, a produção nacional é de aproximadamente 1,43 bilhões de frutos em 62.597 hectares, o que correspondeu a cerca de R$690 milhões em receitas. Os Estados de Minas Gerais, Paraíba e Pará foram os maiores produtores nacionais.
As pragas mais comuns são a broca do fruto (Thecla basalides) e a cochonilha (Dysmicoccus brevipes), esta última causadora da “murcha do abacaxi”. A broca do fruto é a larva de uma pequena borboleta que ataca a inflorescência, cavando galerias e provocando o aparecimento de uma substância com aspecto de goma. O tratamento pode ser feito com carbaril; paration metílico, diazinon, triclorfon ou fenitrotion. A aplicação de inseticidas deve ser realizadas em 4 vezes, em intervalos regulares, sendo a primeira aplicação após a emergência da inflorescência. Não esquecer de observar o período de carência do produto.
A cochonilha é um inseto pequeno, sem asas, que se apresenta coberto por uma espécie de farinha branca. Este inseto além de debilitar a planta pela sua ação sugadora transmite o agente causal da doença murcha do abacaxi. O controle é feito eliminado-se os restos culturais da safra anterior, com o uso de mudas de boa qualidade e se necessário, tratando-se as mudas com inseticida.