A Rede de Biodiversidade e Biotecnologia do Estado de Mato Grosso vai integrar herbários e Bancos de DNA localizados nos bioma de Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado. O projeto da Unemat foi aprovado por meio da chamada pública, de apoio à execução de projetos de implantação, modernização e recuperação de infra-estrutura física de pesquisa. Os herbários são bancos de dados que armazenam material científico e respaldam as investigações sobre a riqueza das plantas de um país. Os bancos de germoplasma da Unemat, associados aos herbários, têm por finalidade a estocagem desse material genético para estudos como, por exemplo, da variação da população e aplicação de técnicas de identificação de espécies por meio do DNA, fornecendo subsídios para a conservação da biodiversidade.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai investir R$ 1,3 milhão na instalação de infra-estrutura física do herbário e alocação do banco de DNA do campus da Unemat em Cáceres, e reestruturação dos laboratórios já existentes nos campi de Nova Xavantina e Alta Floresta. Além da execução de obras, o projeto prevê a aquisição de todos os equipamentos necessários, implantação de plataforma digital dos herbários e seu credenciamento junto a agências internacionais, como depositário de amostras do patrimônio genético mato-grossense.
Em cada um dos biomas do Estado, um centro de pesquisa da Unemat congrega diferentes grupos, formando uma rede por todo o Estado. No campus da Unemat em Cáceres são conectados grupos de pesquisa de Pontes e Lacerda, Tangará da Serra e Barra do Bugres. O cerrado contempla os campi de Nova Xavantina e Luciara. Já na região Amazônica, o centro de pesquisa em Alta Floresta, congrega profissionais de Sinop, Juara e Colider.
De acordo com a coordenadora do projeto e Pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, Carolina Joana da Silva, a aprovação caracteriza uma vitória e prepara a Unemat para participar de duas importantes redes de pesquisa e pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia. "A Bionorte, que enfoca estes temas na Amazônia Legal, e a Rede do Cerrado e Pantanal, que abrange a região Centro-Oeste, fortalecendo dessa forma a pesquisa e a pós-graduação nas regiões onde está inserido", afirma.
A Rede de Biodiversidade e Biotecnologia do Estado de Mato Grosso visa integrar o desenvolvimento científico e tecnológico nos biomas Amazônico, Cerrado e Pantanal por meio de publicações, atividades de propriedade intelectual, melhoria dos dois cursos de pós-graduação da Unemat, de Ciências Ambientais e Ecologia e Conservação.
Histórico- O processo de institucionalização dos herbários da Unemat teve início em 1997, em Nova Xavantina. A coleção do campus é de relevância para a região centro-oeste e possui 54 novas referências para MT e uma para o país.
Em Alta Floresta, o Herbário da Amazônia Meridional, criado em 2007, conta com apoio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e possui 3.997 espécies coletadas na região. Já em Cáceres é necessária a construção de um espaço físico que vai alojar a Coleção Botânica do Pantanal Mato-grossense de áreas úmidas da fronteira Brasil/Bolívia.
A construção de infra-estrutura e aquisição de equipamentos possibilita aos alunos e pesquisadores exemplos práticos com plantas regionais e contato com espécies oriundas de vários ecossistemas, permitindo a identificação das plantas por eles estudadas e fornecendo informação sobre seu uso e potencial econômico na região.
A equipe do projeto é composta por Carolina Joana da Silva (Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação), Márcia Lopes (Supervisora do Núcleo de Inovação Tecnológica), Marcos Antonio Barelli (Diretor de Gestão de Pesquisa), Maria Antonia Carniello (Campus Cáceres), Beatriz Marimon (Nova Xavantina) e Célia Regina Soares (Alta Floresta)