Foi aprovada nesta segunda-feira, em Brasília, a prorrogação das parcelas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Após confirmar com votação unânime a proposta feita pelo Governo do Estado de Mato Grosso, os conselheiros concederam a isenção de 24 meses aos produtores, dando um fôlego de investimento para o agronegócio. Somente os produtores mato-grossenses contraíram R$ 566 milhões na última safra, recursos que, ao invés de retornarem ao FAT, poderão ser reaplicados no campo.
A proposta original de 24 meses de carência ainda recebeu incrementos por parte dos conselheiros do Cofat. Os produtores que teriam parcelas vencendo já a partir desta terça-feira serão beneficiados e poderão voltar a quitar seus débitos entre os anos de 2012 e 2014. Os empréstimos foram obtidos em sua maioria nos ciclos de safras 2003/2004 e 2005/2006, pelo FAT Giro Rural.
“A prorrogação do FAT é de grande relevância para a economia do Estado de Mato Grosso e para o Centro-Oeste brasileiro, que é responsável por 80% do agronegócio no país, sendo que a metade disso está concentrado em Mato Grosso”, disse o secretário do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Totó Parente. “Neste ano de crise, os produtores poderão postergar as dívidas com o FAT, e incrementar mais recursos na produção”, afirmou.
Existem hoje 1.674 contratos ativos que vencem em 2009, somando um valor de R$ 566 milhões que poderão serão pagos até 2014. Se aprovada na segunda-feira, a regra passa a ser válida a partir da publicação no Diário Oficial. “Isso deve ocorrer na terça-feira (31.03), pois nesta semana já possuem contratos vencendo”, informou o secretário.
A proposta foi apresentada em novembro de 2008 ao presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Luiz Fernando Emediato, e teve respaldo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), e da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA).