Cerca de R$ 2,9 bilhões foram liberados do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para atender o Distrito Federal e os Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Mato Grosso ficou com equivalente a R$ 758 milhões, voltados para pequeno e micro empresários atendendo projetos para fomentar atividades produtivas nos setores econômico, industrial, agroindustrial, agropecuário, mineral, turístico, comercial e de serviços. O balanço foi apresentado pelo governo em Sinop, durante audiência do FCO itinerante.
De acordo com o secretário-adjunto de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Manoel Rodrigues Palma, no primeiro semestre deste ano foram aplicados R$ 126 milhões nas ações do fundo. 65% foram destinados para empresas de pequeno porte. Foram 1.345 contratações no valor de 82,5 milhões. Para microempresas, 327 financiamentos num montante de R$ 10 milhões. Médio porte teve 37 e grande 4 contratações.
“A apresentação do FCO Itinerante tem levado informação e a dificuldade de acesso ao crédito é para pequenos e micro, os grandes quando se instalam em Mato Grosso ou utilizam recursos próprios ou fazem grandes financiamentos no BNDES, por exemplo, mas o FCO atende as empresas pequenas provocado um desenvolvimento muito grande, em todos os municípios de MT tem recursos do fundo”, declarou Palma.
Ainda de acordo com o governo, o dinheiro é aplicado pelo Banco do Brasil e Sicredi. Todos os valores abaixo de R$ 100 mil não precisam passar pela avaliação do conselho de desenvolvimento. O Cedem aprova todos os pedidos acima de R$ 100 mil. Já o FCO Rural é analisado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) e o FCO empresarial pela Sicme.
Para o secretário de Indústria e Comércio de Sinop, Nevaldir Graf, a discussão em torno do FCO serviu para esclarecer dúvidas do empresariado que se interessa em acessar o financiamento mas não dispõe de informações técnicas suficientes. “Atingimos em média 500 empresários mesmo sendo um evento bastante técnico. O que percebemos é que os pequenos não tinham cohecimento das linhas de crêdito disponíveis pelo FCO”, disse.
O FCO é administrado pelo Ministério da Integração Nacional, pelo Banco do Brasil – como agente financeiro – e pelo CONDEL/FCO – Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste.