O Departamento de Pesquisas Econômicas do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio divulgou o balanço do setor em 2009. O resultado foi positivo, tendo o segmento obtido boa performance nas vendas, no mercado de trabalho e na exclusão de registros de inadimplentes. No que se refere as vendas o índice registrado superou as expectativas, pois a previsão da entidade era de que ficaria entre 6% a 8% e atingiu o patamar de 11,43%.
Especificamente no período de Natal, a Fecomércio fez a previsão de que aumentaria de 5 a 8% e o desempenho também superou, pois foi na ordem de 14,10%. No que refere ao mercado de trabalho, o número foi muito expressivo, com 8.600 novas colocações. O índice de inclusão de registros no CrediConsult -Sistema e Informação de Apoio a Concessão de Crédito, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso, caiu 12,23% em relação a 2009 e o de exclusão segundo a mesma fonte, aumentou 25,41%, o que é um bom sinal de recuperação.
Ao falar sobre o desempenho do setor, o presidente da federação, Pedro Nadaf, disse que o resultado esteve atrelado as baixas taxas de juros, ao aumento do crédito de pessoa física, manutenção produção agrícola regional, o aumento verticalização econômica do estado e a industrialização, que impulsionou o Produto Interno Bruto-PIB, e automaticamente aumentou a moeda circulante no mercado.
Na divisão das formas com que foram efetuadas as vendas foi levantado que as mesmas ocorreram dentro do seguinte percentual: à vista – 26%, no crediário- 22 % , no cheque pré – 26%, no cartão de crédito – 26%. No ano passado, as vendas a vista e a crediário, tiveram melhor desempenho 28% e 24% respectivamente. Por outro lado, as efetuadas através do cheque pré e do crediário foram menores, respectivamente foram na ordem de 23% e 25%.
No balanço foi informado também como foram praticados os juros em 2009. De 0 a 2% houve um aumento de 1%, pois 53% praticavam desta forma em 2008 e no ano passado 54%; de 2.1 a 4%, também houve elevação, na ordem de 11%, no ano de 2008 foi de 25% e em 2009, 36%; na escala de 4.1 a 6%, a pratica caiu exatamente pela metade, sendo o registro de 2008, 16% e do ano passado 8%. No tocante aos juros praticados de 6,1 a 8%, também ocorreu queda, era 6 % em 2008 e ficou em 2 % em 2009. No ano passado, assim como em 2008 não ocorreram praticas de juros acima de 8,1% entre as empresas pesquisadas.
Nadaf acredita que a economia manterá o ritmo de crescimento durante todo o ano de 2010, há uma forte tendência que legitima a boa expectativa. Segundo o presidente a estabilidade econômica deve se manter com taxas de juros mais baixas e ampliação do crédito consignado de pessoa física. Segundo ele, as linhas de créditos para pessoa jurídica destinadas aos investimentos produtivo continuarão aumentando e se mantendo com taxas baixas, melhorando os índices de produção. Outro fator positivo será a manutenção da estabilidade dos preços das commodities agrícolas e fortalecimento da economia nacional.