A realização de auditoria contratada por investidores ingleses, com previsão de ser concluída nas próximas três semanas, marca a conclusão dos trâmites para a liberação dos R$25 milhões a serem aplicados na construção de uma termoelétrica em Alta Floresta para fabricação de energia a partir de resíduos de madeira. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte), Ricardo Mastrangelli, a análise deve focar o projeto e toda a parte legal da obra.
“Estamos aguardando a auditoria denominada ‘Due Diligence’ para a constatação das conformidades de projeto. Após ocorrerá a liberação dos trâmites para obtermos os recursos do início da obra”, declarou, ao Só Notícias.
Mastrangelli ressalva que este procedimento é praxe dos fundos de investimentos para não se vincularem a projetos com falhas legais. “Enquanto ele [investidor inglês] não auditar e ter a certeza que tudo aquilo que colocamos no projeto é real, não assina o contrato. Por isso que o nome do fundo só vai aparecer após a contratação definitiva do empreendimento”, salientou.
Ao término da auditoria, representantes das duas partes devem celebrar um contrato definitivo, em substituição ao pré estipulado. A construção pode iniciar em novembro com trinta meses para o término. “A obra será tocada por uma empresa integradora e receberá os recursos conforme cronograma de aplicação”, acrescentou o vice-presidente.
Dados levantados pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), mostraram que em Alta Floresta existem atualmente 450 mil toneladas de resíduos estocadas à ceu aberto, sendo que a produção anual gira em torno de 100 mil toneladas.
Desde 2006, empresas madeireira e moveleira não ateam fogo no material, como pó-de-serra, serragem, aparas, retalhos de madeiras e cascas.