Foi aprovado por investidores italianos, o financiamento de um projeto para implantação de um sistema de tratamento de resíduos sólidos na região de Alta Floresta. A partir de agora, a proposta começa ser discutida com prefeitos do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social (que integra seis cidades do extremo Norte), para definir o programa de ações. Segundo o secretário Executivo da Ong Sociedade Formigas (que encampou a proposta) e coordenador do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Vale do Teles Pires, Carlos Rogério Lara, os recursos já foram garantidos pelo grupo e as ações devem começar até abril. Uma equipe técnica fará o nivelamento e levantamento no local para início dos trabalhos.
O tratamento dos resíduos resultará na produção de energia, biogás, reciclagem, sub-produtos de resíduos de madeira e produção de adubo orgânico. Os municípios fornecerão o resíduo, ou lixo, para que a usina possa trabalhar e produzir carbono e energia, que poderão ser comercializados entre as próprias cidades, gerando receita para o consórcio pagar as parcelas do financiamento.
O projeto estava em estudo há cerca de dois anos, para determinar o tamanho e a abrangência do sistema. Uma das justificativas é que o Vale do Teles Pires está entre um dos maiores sistemas hídricos de água doce do Brasil, que devido ao processo desordenado de ocupação, corre riscos gravíssimos devido à deposição inadequada da produção diária de lixo dos mais de 115 mil moradores da região.
A Prefeitura de Alta Floresta informou que aguarda a apresentação da proposta, espera iniciar os trabalhos o quanto antes e garantir a destinação dos resíduos.