Os trabalhadores de madeireiras que atuam na região de Alta Floresta receberão 7% de reajuste, retroativo a maio. O percentual foi fechado pelos sindicatos dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte) e dos Trabalhadores durante convenção. “Desde o início era a nossa proposta. Acabaram chegando ao entendimento agora. Não adianta pagar o que está fora do alcance das empresas. Não adianta dar 10%, por exemplo, podendo gerar demissões para cumprir o acordo”, explicou ao Só Notícias, o presidente do Simenorte, Eleandro Kremer. O acordo deverá beneficiar aproximadamente 1,3 mil funcionários.
Eleandro expôs que, em maio, as empresas filiadas ao sindicato já foram orientadas em fazer o pagamento deste percentual, mesmo sem o acordo final com os trabalhadores. As empresas que ainda não aplicaram o índice deverão fazer a partir de agora. Agora, os pisos ficam da seguinte maneira: R$ 620,60 (nível 1) , R$ 658,05 (nível 2); R$ 753,28 (nível 3); R$ 788,59 (nível 4) e R$ 835,37 (nível 5).
As discussões sobre reajuste para os trabalhadores iniciaram em março. Conforme Só Notícias informou, a primeira proposta do sindicato dos funcionários foi aumento de 12% para todos os que ganham acima do piso salarial (que era de R$ 580) e a implantação do menor piso salarial de R$ 750 para trabalhadores de Alta Floresta e de R$ 900 para Apiacás, que não foram aceitas pelo Simenorte.
“Eles [trabalhadores] estavam pleiteando piso diferente para região de Nova Monte Verde, Apiacás, mas fomos contra porque faz com que migrem os trabalhadores. Pisos diferentes dentro da mesma base também não pode. Segundo regime do governo federal, dois salários mínimos diferentes no Estado é ilegal”, explicou Eleandro. Ainda conforme Eleandro, Sinop e Alta Floresta não trabalham com os mesmos valores, no entanto, estão regularizados pois fazem parte de sindicatos diferenciados.