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Alta Floresta define licitação de projeto para tratamento de resíduos

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O projeto para implantação de um sistema de tratamento de resíduos sólidos na região de Alta Floresta deve ser acelerado com a abertura da licitação, que definirá a empresa ou consórcio que executará as obras. O finaciamento dos recursos, que podem variar entre R$ 20 e R$ 30 milhões, já foi garantido por investidores italianos.

Nos últimos dias, outro grupo de empresas do país europeu esteve em Alta Floresta para conhecer a proposta e apresentar suas tecnologias. Segundo o secretário Executivo da Ong Sociedade Formigas (que encampou a proposta) e coordenador do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Vale do Teles Pires, Carlos Rogério Lara, os investidores demonstraram interesse em disputar a licitação. “Esta semana devemos receber mais um grupo da Bahia para discutir o projeto”, acrescentou.

Somente após a definição da empresa responsável pelas obras, dará prosseguimento a liberação da verba. O sistema vai depender do vencedor. Lara explica que, caso seja um grupo estrangeiro, os procedimentos para os contratos e execução são diferenciadas. “Mas esta será uma próxima etapa que vamos saber somente após a licitação”, salientou.

A execução do projeto também tem apoio do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social (que integra seis cidades do extremo Norte). Só Notícias apurou que o aterro sanitário já está instalado em uma área de 172 hectares, em Alta Floresta.

Pela proposta, o tratamento dos resíduos resultará na produção de energia, biogás, reciclagem, sub-produtos de resíduos de madeira e produção de adubo orgânico. Os municípios fornecerão o resíduo, ou lixo, para que a usina possa trabalhar e produzir carbono e energia, que poderão ser comercializados entre as próprias cidades, gerando receita para o consórcio pagar as parcelas do financiamento.

O projeto estava em estudo há cerca de dois anos, para determinar o tamanho e a abrangência do sistema. Uma das justificativas é que o Vale do Teles Pires está entre um dos maiores sistemas hídricos de água doce do Brasil, que devido ao processo desordenado de ocupação, corre riscos gravíssimos devido à deposição inadequada da produção diária de lixo dos mais de 115 mil moradores da região.

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