A continuidade dos trabalhos para viabilizar a implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós, ligando o Norte de Mato Grosso, a partir de Alta Floresta, aos portos no Pará, aguarda um parecer do Governo Federal. Segundo o presidente da Câmara Setorial de Desenvolvimento Regional, Valdemir Dobri, após o posicionamento, os municípios darão continuidade as articulações.
Na última audiência realizada em Alta Floresta, mês passado, prefeitos e representantes de 30 municípios da região Norte que estão na área de influência da hidrovia, elaboraram uma “Carta de Apoio Teles Pires-Tapajós” para ser encaminhada ao Ministério dos Transportes, apontando os benefícios de sua construção, entre eles a redução considerável de custos no escoamento da safra agrícola e da madeira para o exterior.
Recentemente, a proposta da hidrovia também foi apresentada em um seminário internacional, em Brasília, promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em parceria com o US Army Corps of Engineers e a US Coast Guard, órgãos do governo norte-americano. O objetivo era discutir alternativas para execução de projetos na área de navegação.
Os estudos da Teles Pires-Tapajós foram paralisados em 1999, após embargo do Ministério Público. A idéia é retomá-los e dar continuidade a proposta inicial, que a hidrovia siga até o Porto de Santarém, no Pará, viabilizando o escoamento da produção da região pelo porto.
Ela começaria em Alta Floresta, no rio Teles Pires, e seguiria por 851 km até a confluência dos rios Tapajós e Amazônas. O custo estimado da obra, segundo a assessoria, é de US$ 250 milhões. Desse total, cerca de 60% será usado para contornar três corredeiras, que são os principais obstáculos para a navegação.