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Alta do dólar deve provocar aumento da demanda por voos domésticos

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A crise econômica brasileira não deve prejudicar os negócios do setor aéreo nacional, disse hoje (22) o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha. Segundo o ministro, a alta do dólar poderá até mesmo beneficiar o turismo no país, permitindo que mais pessoas optem por destinos nacionais.

“Com a crise teremos turistas internacionais se convertendo em turistas brasileiros e, assim, as oportunidades vão se ampliar: vamos sentir o incremento das viagens internas”, disse o ministro, após participar da divulgação da pesquisa O Brasil que Voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, feita pela SAC, em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

O estudo revela que o transporte aéreo hoje está acessível a outras faixas de renda. “Em quatro anos, o preço da passagem aérea caiu 48% no Brasil. As companhias sabem que, para manter a concorrência, têm de fazer esforço para reduzir o preço das passagens ao máximo”, disse Padilha. Segundo ele, o transporte aéreo está “democratizado” no Brasil. “Estamos vendo crescimento, para os próximos 20 anos de, no mínimo, 7% ao ano”, disse ele.

De acordo com o secretário executivo da SAC, Guilherme Ramalho, nos últimos dez anos “houve uma grande revolução no transporte aéreo, com um processo intenso de democratização”.

Ramalho acrescentou: “Triplicamos o número de passageiros que voam a partir dos nossos aeroportos. Com esse crescimento, [o transporte aéreo se transformou em] um serviço de massa: o estudo da SAC divulgado hoje mostrou que 45% das pessoas que utilizam transporte aéreo têm renda de até dez salários mínimos”.

Segundo o secretário executivo, a crise econômica do país, por enquanto, significou apenas uma redução do ritmo de expansão. “A trajetória do setor aéreo, nos últimos dez anos, foi de crescimento, e a expectativa é expansão para o fim de ano, com aeroportos cheios”, acrescentou o secretário. .

Em relação às medidas de ajuste fiscal que vêm sendo anunciadas pelo governo federal, o ministro disse não acreditar que elas venham a afetar significativamente o Programa de Aviação Regional. “Temos um fundo [constituído] com recursos próprios do setor. Temos saldo superior a R$ 4 bilhões, que não estamos podendo usar em razão das restrições que existem”. 

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