O presidente a Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB – SP), fez hoje um “duro questionamento” a deputados, governadores e lideranças do PSDB por causa do apoio à candidatura de seu adversário Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciado ontem (11) pelo líder tucano Jutahy Magalhães Júnior (BA). Nas conversas por telefone, Rebelo cobrou “coerência” do partido que se pautou desde o início do governo Lula pela oposição ao presidente e ao PT.
“Questionei duramente a posição adotada que não guarda coerência com a trajetória do partido nos últimos 4 anos, a não ser que toda a oposição que o PSDB fez ao PT tenha sido completamente arquivada em função de acordos políticos regionais e, a partir destes acordos, o PSDB resolve dar ainda mais poder aquele partido que ele julgava ser o seu adversário”.
Aldo Rebelo considera um equívoco político dar mais poderes ao PT com a possibilidade de um parlamentar de seus quadros assumir o terceiro cargo mais importante da linha sucessória. “O que eu pergunto é se para o equilíbrio da Câmara dos Deputados e das forças políticas no país, se o PSDB acha que dar mais poder ainda ao PT é o caminho”, questionou aos tucanos com quem conversou.
Sem citar nomes, Aldo Rebelo disse que um deputado do PSDB com quem conversou qualificou de “escândalo político” a decisão anunciada ontem por Jutahy Júnior. Na próxima terça-feira, deputados contrários à aliança devem reunir-se para tentar reverter a aliança de apoio a Chinaglia.
Chinaglia viajou no início da tarde para São Paulo, onde deve passar o final de semana. Segundo sua assessoria de imprensa, ele retorna no domingo à noite para Brasília e, na segunda-feira, viaja para Goiânia, onde tem uma série de compromissos.