Qualidade de grãos. Esse é o fator que influencia diretamente na rentabilidade da cultura do arroz. A afirmação é do agrônomo Mairson Santana, de Sinop. Segundo ele, os pontos observados são: porcentagem de inteiros, porcentagem de renda, barriga branca, grãos gessados, presença e grãos amarelos, picados de insetos e grãos manchados.
“De nada adianta ter feitos boas praticas agrícolas durante todo o ciclo da cultura e na hora da colheita e armazenagem colocar a perder todo o trabalho árduo de campo”, afirmou. Vários fatores podem influenciar na qualidade de grão como: qualidade da semente, germinação uniforme, nutrição equilibrada da planta, bom manejo de pragas, doenças e ervas daninhas e qualidade da colheita.
O agrônomo destaca que lavouras desuniformes na hora da colheita tendem a dar mais grãos quebrados e gessados. “As plantas que emitem cachos primeiros tem que aguardar as outras chegarem ao estagio de colheita, assim os cachos mais adiantados quebram mais e os mais atrasados na maturação tende a dar mais grão gessados. O controle de percevejo das panículas deve ser eficiente para evitar altas porcentagens de grãos manchados e mal formados. A umidade de colheita deve ser feita quando a umidade do grão atingir de 18 a 22 %, sendo que a regulagem da velocidade do molinete e do cilindro da colhedeira pode influenciar muito na quantidade de inteiros também” alertou.
Santana concluiu que uma colheita bem feita deve ser seguida de uma boa secagem de maneira que a temperatura não acabe causando quebras ou trincamento dos grãos. E a armazenagem deve ser feita separando as variedades e a qualidade de cada arroz. “Depois um bom controle de pragas que atacam os grãos armazenados deve ser feita para manter a qualidade do produto”.
Este e outros assuntos referente à cultura do cereal serão discutidos no 12º Seminário do Arroz e Dia de Campo, nos dias 29 e 30 de setembro, em Sinop.