O presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Mato Grosso (Siamt), Marco Lorga, afirma que neste primeiro semestre os investimentos programados serão executados e que novos também serão contabilizados no Estado, porém, não na mesma proporção que ocorreu no ano passado. Ele considera que a maioria do aporte será voltado para a agroindústria, sendo que o destaque ficará para as unidades que operam com soja, rações e suínos.
Ele explica que as indústrias de alimentação correspondem às unidades que trabalham com arroz, soja, milho, frigoríficos e bebidas (que abrange água, refrigerante e cerveja). “No ano passado tivermos um consumo ascendente por alimentos e bebidas e nossa expectativa continua positiva para este ano. Ninguém previa o tamanho da crise e os investimentos que foram captados serão continuados e outros podem ficar para quando a economia se estabilizar um pouco mais”, considera Lorga ao acrescentar que os recursos que forem liberados pelos bancos oficiais e que já tinham um destino serão aplicados normalmente.
“No caso da alimentação é assim. As pessoas não param de comer como param de comprar roupas e outros produtos que podem deixar para depois. Por isso nosso setor está sempre aquecido, ora mais ora menos”. Ele diz que o sindicato tem informações de que algumas empresas reduziram o volume de produção, mas ainda não tem indícios de demissões.
Freio – Uma das empresas que está colocando o pé no freio e diminuiu o volume produzido é o frigorífico Anhambi. O proprietário do empreendimento, que também é presidente da Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav), Aléssio Vilson Di Domênico, afirma que a escala sofreu queda, porém não informa o percentual. Ele diz que a decisão foi tomada porque os custos de produção aumentaram frente a uma demanda no mercado que ficou reprimida e que o momento é de cautela.