O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES), Mauro Muller, discursa na terça-feira (22), às 14h30, em uma audiência pública no Congresso Nacional, sobre os prejuízos à navegação hidroviária na bacia hidrográfica do Rio Teles Pires, em Mato Grosso, devido à implantação das usinas hidrelétricas sem a construção de eclusas. Ele vai defender a construção simultânea. A hidrovia, ligando o Nortão ao porto em Santarém (PA) proporcionará escoamento da safra agrícola, madeira e demais produtos com menor custo no frete, além de baratear a “chegada” de produtos importados.
“Junto com outras entidades de Sinop, a ACES defende a construção de eclusas já na implantação das usinas do complexo hidrelétrico do Rio Teles Pires. Visamos a implantação futura de uma hidrovia, que trará, certamente, inúmeros benefícios e desenvolvimento a nossa região e a todo o estado. A construção das eclusas é o primeiro passo para que isso se concretize”, afirmou o presidente.
De acordo com estudos, uma hidrovia custa oito vezes menos que o transporte rodoviário. “É um dos meios de transportes mais econômicos e ecologicamente corretos. Para se ter idéia, uma hidrovia polui 7% a menos que uma rodovia”, informou Muller.
A entidade tem exposto a reivindicação aos órgãos responsáveis e autoridades políticas do estado. “Cobramos um posicionamento e apoio da classe política estadual e agora iremos expor nossa reivindicação no Congresso. As autoridades e órgãos competentes precisam reconhecer que a implantação das eclusas junto com a construção da usina irá gerar uma economia considerável para o governo, além de ser uma garantia para a implantação da hidrovia”, declarou o presidente da ACES. “A construção das eclusas é necessária para passagem de embarcações por locais onde há desnível de água no rio. O mecanismo permite aumentar ou diminuir o volume de água”, enfatizou Muller.
Além da ACES, devem participar da audiência (requerida pelo deputado federal Nilson Leitão) autoridades políticas e representantes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional das Águas (ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) e Ministério Público Federal.
(Atualizada às 14:21h em 19/5)