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Abertura de empresas aumenta mais de 8% em Mato Grosso

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A abertura de empresas em Mato Grosso avançou 8,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Foram registrados 11,777 mil novos negócios na Junta Comercial (Jucemat) ao longo do ano passado, enquanto 2016 contabilizou 10,821 mil. O crescimento está associado à retomada dos indicadores econômicos, que provoca mais confiança nos empreendedores e também pela necessidade, já que muitos trabalhadores buscaram no empreendedorismo uma forma de obter renda e assim driblar o desemprego.

Apesar da expansão registrada em 2017 em relação a 2016, o número contabilizado é inferior ao registrado em 2015, quando o Estado ganhou 12,479 mil novos empreendimentos. Para o economista e tributarista Jonil Vital de Souza, uma parte deste aumento se justifica pela retomada da economia. “Houve um estágio de recuperação econômica e alguns setores, principalmente o agronegócio, não sentiu tanto a crise como outros. A economia do país tem dado mostra disso e Mato Grosso mais ainda, já que é o Estado com maior evolução do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017”, pontua.

Além da retomada da atividade econômica, o especialista destaca que a crise leva as pessoas a empreenderem por necessidade. Dentro do volume de empresas abertas em 2015, cerca de 50% eram do setor de serviços. No total, foram 5,888 mil novos negócios neste segmento, enquanto o comércio contabilizou 4,662 mil e a Indústria 700 registros. “Com a crise, muitas pessoas que perderam emprego recorreram à prestação de serviços. Não é à toa que esta atividade registra o maior volume de registros. Pessoas que se aventuraram no empreendedorismo por necessidade contribuíram para este aumento. Até porque o setor de serviços, geralmente, requer menos investimento, porque não necessita de estoque de produtos, matéria-prima, ou muita infraestrutura”, ressalta o economista.

Na análise dos números de 2017, por segmento, o setor de Serviços foi o que mais cresceu. O aumento na abertura de empresas dentro deste segmento chegou a 12,5%, com a formalização de 5,888 mil registros contra 5,234 mil do ano anterior. O comércio também apresentou expansão, passando de 4,346 mil formalizações em 2016 para 4,662 mil no ano passado (+7,27%). Na variação anual, apenas a indústria caiu, com apenas 700 aberturas contra 751 de 2016 (-6,79%). Para Jonil Vital, apesar de a economia ter iniciado um ciclo de recuperação, este é apenas o pontapé inicial para saída da crise e lavará alguns anos para alcançar o mesmo patamar de produção de 4 anos atrás. “Apesar de ter crescido, ainda se produz cerca de 13% a menos que nos anos anteriores. A produção e as vendas estão inferiores o registrado em 2013. Alguns setores estão dando sinais de que começarão a engrenar, mas será uma retomada lenta. Anos atrás faltava empregados, hoje são mais de 12% da população desocupada”.

Mesmo na crise existem aqueles que acreditam e se dispõem a empreender. O empresário Genilton Quintino, proprietário da Divina Batata, abriu a 2ª unidade do seu restaurante em novembro do ano passado, após 3 anos de inauguração da 1ª loja. A empresa que nasceu no seio familiar, no quintal da casa, tem sabor de “comida de família” e ganhou asas, fez sucesso e expandiu motivando o surgimento da 1ª filial. “Agora temos o desafio de tocar essa nova loja fora do ambiente em que a empresa nasceu, no bairro CPA, e dentro de um shopping, o que é bom”, conta o empresário que planeja crescer.

Desafio maior que abrir um negócio é mantê-lo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Cadastro Central de Empresas, apontam que de cada 10 negócios abertos apenas 4 resistem no período de 5 anos. Para que esses novos negócios possam crescer é necessário um ambiente propício ao desenvolvimento, além de planejamento.

O secretário adjunto de Empreendedorismo e Investimentos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Leopoldo Rodrigues Mendonça, afirma que o Estado tem trabalhado para melhorar o ambiente de negócios em Mato Grosso. Ele cita como exemplo o limite de crédito liberado pela Desenvolve MT. “A mudança em relação ao microcrédito, limitando o volume de empréstimo a R$ 50 mil, é uma mudança para que esse recurso possa chegar às micro e pequenas empresas, que representam 95% das empresas de Mato Grosso”, pontua. “Nós temos trabalhado para melhorar esse ambiente, mas ainda não estamos satisfeitos e planejamos mais mudanças”.

Além desta mudança, ele ressalta outras que estão a caminho, como a implantação da Redesim (Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização das Empresas de Negócios). A plataforma visa a integração nacional entre os órgãos governamentais para a simplificação e agilidade dos procedimentos de registro e demais processos burocráticos necessários ao funcionamento da empresa. O Comitê gestor da Redesim em Mato Grosso será formalizado amanhã (5) em Cuiabá.

 “Além disso, a criação do Fórum das Micro e Pequenas Empresas já está na Casa Civil, onde reuniremos os representantes do setor para discutir várias questões, como a legislação tributária e melhorias para implantação de empresas”. A Pasta também aguarda a aprovação da Lei das Micro e Pequenas Empresas, que visa dar competitividade aos pequenos negócios, como a possibilidade de realização de licitações exclusivas. “São fatores que irão desburocratizar e trazer transparência para o ambiente de negócios e maior segurança jurídica”.

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