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50% das madeireiras do Nortão já estão paradas por falta de madeira

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O presidente do Sindusmad, Sindicato das Indústrias Madeireiras da Região Norte do Estado, Jaldes Langer, disse hoje de manhã, que cerca de 50% das madeireiras da região Norte já estão paradas, algumas totalmente, devido a falta de matéria prima por não terem conseguido planos de manejo, no Ibama, para extrair toras. Outras estão funcionando bem abaixo da capacidade operacional normal. “Estamos aguardando as definições da SEMA ( Secretaria Estadual de Meio Ambiente), mas muitas empresas não vão aguentar até janeiro. Não temos números consolidados, mas acreditamos que 50% já estão parados “, disse Langer.

Segundo ele, a pior situação está nos municípios cuja economia é essencialmente baseada no setor madeireiro como União do Sul, Cláudia e Feliz Natal. A previsão da Fiemt – Federação das Indústrias de Mato Grosso – , feita ontem, pelo presidente Nereu Pasini, é ainda mais pessimista. Segundo Pasini, cerca de 70% das 1,8 mil madeireiras do Estado devem iniciar 2006 com as portas fechadas.

O que está inviabilizando as indústrias madeireiras no Estado é a dificuldade para obter novos projetos de manejo e na emissão das Autorizações para o Transporte de Produtos Florestais (ATPFs). Sem os planos de manejo as madeireiras ficam impedidas de extraírem toras. Com este período de chuvas, a maioria das madeireiras está sem estoque de madeira. As que ainda estão funcionando têm estoques, no máximo, até janeiro.

Um dado apresentado pela Fiemt é que das 1,8 mil indústrias no Estado, apenas 540 terão condições de continuar trabalhando no próximo ano. A expectativa para o setor é que a Sema assuma a nova legislação ambiental e consequentemente, a liberação dos planos de manejo e emissão de ATPFs, o que deve ocorrer em janeiro.

A crise no setor madeireiro gerou cerca de 3 mil demissões diretas só em Sinop, de acordo com dados do Siticon- Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção e Mobiliário-. Na região, o número de desempregados chega a 17 mil.

A arrecadação das prefeituras acabou caindo e algumas delas, como Sinop e Vera, acabaram tomando medidas para conter gastos. Houve redução no horário de atendimento ao público e foram definidas prioridades como concluir obras em andamento, suspender contratações de servidores e outras medidas.
Só Sinop vem perdendo, mensalmente, cerca de R$ 1,5 milhão mensais em impostos.

Sorriso, também atingida pela crise na agricultura, também teve queda na receita e adotou medidas semelhantes aos outros municípios.

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