Os três primeiros meses do ano foram de muitas expectativas para o setor madeireiro em Sinop e toda a região para reaquecimento da produção, retomada das vendas e afastar a crise que se arrasta desde o segundo semestre de 2005. Com as atividades parcialmente paradas desde junho do ano passado, após Operação Curupira, muitas indústrias começam a retomar suas atividades, mas o número de empresas paradas ainda chega a 30% no município. Os dados apresentados pelo Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso (Sindusmad) apontam que, das cerca de 250 a 300 empresas do município, 30% estão trabalhando com 50% da capacidade, e 40% estão trabalhando normalmente.
“As empresas estão se reativando aos poucos. Muitos já se recadastraram e estão trabalhando com as GFs – Guias Florestais. Hoje 238 empresas já foram avaliadas e 119 habilitadas, de um montante de 320 que se recadastraram na Secretaria Estadual de Meio Ambiente –Sema- até o momento. É uma expectativa boa que está começando este mês”, avaliou o presidente do Sindusmad, Jaldes Langer.
Ele explicou que, desde dezembro, muitos empresários deram férias coletivas aos funcionários e outros pararam as atividades, na expectativa sobre como a Sema iria atuar na gestão ambiental do Estado, que assumiu no dia 1º de janeiro. A falta de matéria-prima, conseqüente da demora na liberação de planos de manejo, fizeram com que milhares de desempregos fossem gerados no setor no ano passado, atingindo também o comércio.
O número de demissões foi superior às novas contratações na maioria dos meses. Em janeiro o quadro reverteu e o número de admissões superou as demissões. “O setor deu uma retomada após o período de chuvas, resolvendo o problema de licenciamento ambiental com a Sema. Mas, ainda estamos apreensivos, precisando retomar o parque industrial e a geração de empregos, que é um problema social muito grande”, enfatizou.
Programas direcionados ao setor também estão sendo implantados em Sinop. No mês passado foi lançado o PEIEX – Programa de Extensão Industrial Exportadora – que atenderá 252 indústrias madeireiras e moveleiras de Sinop e região, com assistência e assessoria para o ingresso no mercado externo. “Todos os setores econômicos estão buscando alternativas pela atual realidade que Mato Grosso passa. Não podemos ficar parados”, concluiu Langer.