A 32ª Bienal de São Paulo Itinerâncias: Cuiabá se despede da Capital mato-grossense. Quem ainda não visitou esse recorte de uma das principais mostras de arte contemporânea do mundo tem até o dia 09 deste mês para conferir as obras de 17 artistas das mais diversas partes do mundo. A Bienal está em cartaz no Palácio da Instrução, de terça a sexta-feira, das 8h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.
Desde que abriu as portas ao público, no dia 16 de maio, a exposição já recebeu mais de cinco mil visitantes de Cuiabá, municípios de Mato Grosso e até mesmo de outros estados e países. Além de admiradores da arte em geral, estudantes de escolas públicas e particulares da Capital e interior passaram pelo Palácio, fazendo da arte uma importante fonte de conhecimento.
“Na escola, apresentamos aos alunos muito das teorias. Já na Bienal os alunos têm a oportunidade de se aprofundar mais nas obras, ou seja, eles conseguem fazer uma reflexão a partir de cada trabalho e artista”, explica a professora de artes, Dália Cavalcante, da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.
Os visitantes foram recebidos pelos mediadores, voluntários que foram capacitados para guiar o público pela exposição. Entre eles, há alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), como Giovanni Ojeda, que cursa Comunicação Social – Habilitação em Radialismo. “Para nós, universitários, essa experiência serve de aprendizado, pois absorvemos muito sobre cada obra que apresentamos aqui”.
Mais que uma mostra de arte nos mais diversos formatos – telas, esculturas, instalações e vídeos – a 32º Bienal cumprem também o papel educativo de ambiente de vanguarda do pensamento contemporâneo, questionando e refletindo sobre temas importantes da atualidade.
O recorte de obras pensado para o Palácio da Instrução tem trabalhos de Ana Mazzei (Brasil), Bárbara Wagner (Brasil), Carolina Caycedo (Colômbia), Charlotte Johannesson (Suécia), Dalton Paula (Brasil), Ebony G. Patterson (Jamaica), Felipe Mujica (Chile), Francis Alÿs (Bélgica), Gilvan Samico (Brasil), Gu¨nes¸ Terkol (Turquia), Jonathas de Andrade (Brasil), Mmakgabo Helen Sebidi (África do Sul), Pierre Huyghe (França), Rachel Rose (Estados Unidos), Vídeo nas Aldeias (Brasil), Wilma Martins (Brasil) e Wlademir Dias-Pino (Brasil).
O evento renova a parceria institucional entre a Fundação Bienal de São Paulo e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT). Intitulada Incerteza Viva (Live Uncertainty), a 32ª Bienal tem como eixo central a noção de incerteza, a fim de refletir sobre atuais condições da vida em tempos de mudança contínua e sobre as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas.
A exposição se propõe a traçar pensamentos cosmológicos, inteligência ambiental e coletiva, assim como ecologias naturais e sistêmicas. A mostra foi concebida em torno das obras de 81 artistas e coletivos, sob curadoria de Jochen Volz e dos cocuradores Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México).
A 32ª edição da Bienal, que recebeu 900 mil visitantes em 2016, terá recortes exibidos em cidades no Brasil e no exterior, em 2017. Seleções de obras viajam até as cidades de Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), São José dos Campos (SP), Cuiabá (MT), São José do Rio Preto (SP), Ribeirão Preto (SP), Garanhuns (PE), Palmas (TO), Santos (SP), Itajaí (SC) e Fortaleza (CE). Itinerâncias internacionais já estão confirmadas na Colômbia e em Portugal.