Música popular e instrumental com sotaque cuiabano. Essa é a proposta de um grupo de jovens músicos de Cuiabá que se dedica a recriar um dos gêneros de maior representatividade brasileira, o choro. Formada recentemente, a Orquestra Cuiabana de Choro tem intensificado suas iniciativas, apostando em circuitos alternativos como as rodas de choro e apresentações nos teatros da capital para promover a ampliação de plateia.
Nesta quarta-feira (22), o grupo se apresenta no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso, às 20 horas. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados a partir das 19 horas na bilheteria. O projeto foi contemplado pelo edital de incentivo à produção, circulação e descentralização artística, o Circula MT, coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura.
Assim como o público contemplado com a circulação do concerto que passou por Rondonópolis, Sinop e Primavera do Leste, a plateia cuiabana vai conferir repertório repleto de grandes compositores do final do século XIX e início do século XX, como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, bem como composições atuais de integrantes da Orquestra Cuiabana de Choro.
As atividades da orquestra consistem em pesquisar o repertório consolidado, mas também reinventá-lo com a aposta em novos arranjos e composições. Até agora possuem 15 peças compostas pelo grupo e que somam ao repertório brasileiro contemporâneo, servindo como um grande estímulo à manutenção de um gênero que integra os quadros da música popular brasileira até os dias de hoje.
Do concerto desta quarta-feira participam como convidados o trompetista Tony Maia e o clarinetista, professor do Departamento de Artes da UFMT, Vinícius Fraga. Integram a Orquestra Cuiabana de Choro os músicos Andrew Moraes (flauta e clarineta), Augusto César (saxofones), Levi de Barros (trompete), Maycon Alencar (trombone), Rodrigo Cavalcante (piano), Eduardo Fiorussi (violão de sete cordas), Fabrício Monteiro (violão de seis cordas), Patrick Rodrigues (cavaco), Mariana Rampazzo (pandeiro) e Odenil Fernandes (percussão).
De acordo com um dos idealizadores da orquestra, Eduardo Fiorussi, o grupo intensificou suas ações neste primeiro semestre. A multiplicação de apresentações – espetáculos, concertos didáticos e rodas de choro – foi em grande parte impulsionada pela aprovação do projeto no Circula MT.
“No ano passado, tivemos a oportunidade de nos apresentar fora de Mato Grosso, no Encontro de Choro de Campinas, mas em outras cidades do Estado, é a primeira vez. Não fosse pelo Circula MT isso não seria possível”, se entusiasma.
O concerto desta quarta-feira tem apoio da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência Universitária, da Coordenação de Extensão e do Departamento de Artes da UFMT.