A Beija-Flor é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro deste ano. A escola de Nilópolis garantiu seu 13º título, esta tarde, com um enredo polêmico: homenagem ao país africano Guiné Equatorial, que há 35 anos é governado pelo ditador Teodoro Mbasogo, acusado de infringir diversos direitos humanos em seu mandato.
A apuração na Apoteose foi tensa em um ano de equilíbrio entre as grandes no Carnaval carioca. Beija-Flor e Salgueiro disputaram o título décimo a décimo. Nos três primeiros quesitos (Harmonia, Fantasia e Alegorias), as escolas ficaram empatadas com Portela, que ainda mantinha o favoritismo. Mas, a partir do quarto quesito (Mestre-sala e porta-bandeira), a Beija-Flor disparou dois décimos e manteve a liderança e um pouco respiro em relação ao Salgueiro até o fim da leitura das notas.
A Salgueiro revive o drama do ano passado, quando ficou com o vice-campeonato e viu a Unidos da Tijuca levantar a taça com apenas um décimo de vantagem. Em 2014, a Beija-Flor terminou na sétima posição.
O desfile – animado por Neguinho da Beija-Flor, a Beija-Flor levantou a Sapucaí já na madrugada de terça-feira (17) ao exaltar as belezas naturais do país africano e contou na avenida com a atriz Claudia Raia como destaque. A escola levou luxo para a Sapucaí e gerou polêmica com a origem do dinheiro para o desfile: Teodoro Mbasogo teria doado R$ 10 milhões para a agremiação. O diretor é considerado um dos presidentes mais ricos entre líderes mundiais.