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Cuidado com a bicicleta

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A Secretária de Comércio dos Estados Unidos, Penny Pritzker, viria ao Brasil nesta semana para participar de uma reunião entre presidentes de empresas brasileiras e americanas, preparatória da visita da presidente Dilma ao presidente Obama, no fim do mês. Viria mas não vem. Caiu de bicicleta no fim-de-semana, e rompeu os tendões do quadril, embora seja maratonista e triatleta e está impedida de viajar. Duas semanas antes, o Secretário de Estado John Kerry caiu da bicicleta e fraturou o fêmur. Ciclista, estava na pista do Tour de France nos Alpes Franceses, perto de Genebra, onde participava de reunião sobre o programa nuclear do Irã. Voltou engessado para os Estados Unidos. 

Aqui no Brasil, feliz com o emagrecimento de 15 quilos, a Presidente Dilma passou a pedalar  bicicleta depois de ter pedalado contas públicas no primeiro mandato. Naquela ocasião, caiu da bicicleta virtual, porque o Tribunal de Contas descobriu que as pedaladas ajudaram a desajustar as contas públicas. Agora, enquanto o Ministro Joaquim Levy tenta fazer o ajuste e o Vice-presidente Michel Temer tenta garantir a governabilidade depois do desequilíbrio, ela optou por pedalar na bicicleta.

Ainda não se deu muito bem. Logo no início, escolheu um trajeto que passa pela frente de um Lava-jato e foi onde os fotógrafos a esperaram. A significativa foto da ex-presidente do Conselho da Petrobrás encheu as mensagens eletrônicas. No passeio seguinte, consentiu que a repórter do Estadão Tânia Monteiro a acompanhasse. Aí, acabou escorregando de novo na língua. Disse que não deveriam considerar Joaquim Levy um Judas. O problema é que ninguém havia dito isso antes. Quem sugeriu foi ela. 

Na Europa e nos Estados Unidos ciclistas caem sozinhos. Aqui no Brasil são atropelados. Por isso, a Presidente precisa ter cuidado. A propósito,  ela deu uma declaração falando numa especialidade médica que ela chama de “traumatologia dos pés, das quebraduras em geral”. De novo a língua atrapalha e lembra do perigo com o desequilíbrio. 

Pedalar pode ser um desafio para o cérebro: existe uma bicicleta em que o equilíbrio pelo guidom se faz ao contrário. Uma engrenagem inverte a correção: se o veículo se inclina para a esquerda, tem que se esterçar para a direita e vice-versa. Um desafio tremendo, inverter o reflexo do que se aprendeu desde sempre. Quando se está diante de desafios e se percebe que convicções anteriores não são solução, é preciso seguir a lição da bicicleta invertida e tentar mudar a fé ideológica. Se não deu certo na União Soviética, por que insistir na ideologia do Foro de São Paulo? Pode ser que ao inverter o guidom a Presidengte poderia também inverter a queda moral e material do País e sua própria queda nas pesquisas de opinião.

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