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USDA surpreende e traz safra de mais de 120 milhões de toneladas de soja

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu, mais uma vez, e aumentou a produção e a produtividade da soja nos Estados Unidos com números que ficaram acima das expectativas do mercado. A produtividade subiu para 56,57 sacas por hectare, contra 56,02 do boletim de agosto. Assim, a produção foi revisada para cima, ficando em 120,59 milhões de toneladas. No boletim do mês passado, o número foi de 119,23 milhões.

Ambas as projeções ficaram acima das expectativas do mercado. Para o rendimento, se esperava algo entre 53,4 e 56,47 sacas por hectare e para a colheita, entre 113,73 e 120,21 milhões de toneladas. Ainda sobre a safra nova, o USDA manteve os estoques finais inalterados em 12,93 milhões de toneladas, porém, aumentou suas exportações para 61,23 milhões de toneladas.

Os números de área plantada e colhida também não foram alterados. No caso da safra velha dos Estados Unidos, as mudanças chegaram com uma redução nos estoques finais para 9,39 milhões de toneladas, contra pouco mais de 10 milhões de agosto. Além disso, subiu o esgamamento e as exportações, que passaram para, respectivamente, 51,57 milhões e 59,06 milhões de toneladas.

O residual 2016/17 caiu para 380 mil toneladas.

No cenário mundial, a safra nova foi revisada para cima, ficando em 348,44 milhões de toneladas, contra 347,36 milhões estimadas em agosto. Os estoques finais globais, porém, caíram para 97,53 milhões de toneladas. A produção brasileira foi mantida em 107 milhões de toneladas e a Argentina, em 57 milhões. O boletim trouxe estoques brasileiros menores e argentinos maiores.

Além disso, o USDA corrigiu também suas estimativas para as importações chinesas para 95 milhões de toneladas, 1 milhão a mais do que no mês anterior.

Sobre a safra 2016/17, o departamento americano trouxe uma projeção menor para a colheita de 351,44 milhões de toneladas. Dessa forma, os estoques finais foram revisados para 95,96 milhões. No quadro da América do Sul, aumento nas exportações brasileiras de soja para 62,5 milhões de toneladas e redução nos estoques finais, para 25 milhões. Já os estoques da Argentina deverão subir para 35,9 milhões, enquanto suas exportações poderão cair para 6,5 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo, alta de 1 milhão de toneladas na estimativa para as importações chinesas de soja para 92 milhões de toneladas.

No caso do milho, os números também foram revisados para cima e ficaram acima das expectativas, como na soja. A produção norte-americana subiu de 359,52 milhões para 360,29 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em algo entre 351,07 e 360,57 milhões de toneladas. No caso da produtividade, a estimativa passou de 179,6 para 179,82 sacas por hectare.

No cereal, o USDA trouxe também um aumento dos estoques finais americanos, os quais passaram de 57,74 para 59,31 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o uso do cereal para a produção de etanol caiu de 139,71 para 139,07 milhões de toneladas.

Entre os números da safra velha, os estoques finais americanos foram reduzidos para 59,69 milhões de toneladas, bem como o uso para produção de etanol, para 138,06 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, as exportações 2016/17 foram revisas para cima, ficando estimadas em 58,3 milhões de toneladas.

A produção global de milho 2017/18 foi revisada para baixo neste boletim de setembro e passou de 1.033,47 para 1.032,63 bilhão de toneladas. Ainda assim, os estoques finais subiram para 202,47 milhões de toneladas.

Sobre o Brasil, o USDA manteve sua estimativa de uma colheita de 95 milhões de toneladas, mas reduziu os estoques finais para 9,07 milhões de toneladas. Sobre a Argentina, trouxe um aumento na colheita para 42 milhões e nos estoques, para 4,57 milhões de toneladas.

A produção 2016/17 de milho do mundo, por outro lado, foi revista para cima e ficou em 1.071,23 bilhão de toneladas. Os estoques finais globais, porém, recuaram para 226,96 milhões de toneladas. Na América do Sul, mudanças apenas entre os números do Brasil. Os estoques brasileiros foram revisados para 9,27 milhões de toneladas, enquanto as exportações subiram para 36 milhões de toneladas.

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