O transporte de cargas por ferrovias pode crescer até 30% no Brasil até 2026, de acordo com projeção da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). A entidade estimou os investimentos globais da iniciativa privada em R$ 25 bilhões nos próximos sete anos, levando em conta a repactuação antecipada dos contratos de algumas concessionárias e novos contratos, que podem ampliar o volume de cargas transportadas para 709,1 milhões de toneladas úteis (TU).
“As ferrovias de carga têm papel essencial no comércio exterior brasileiro e contam com uma participação crescente no volume transportado anualmente. Mais de 98% dos minérios chegam aos portos pelos trilhos, por exemplo. A integração do sistema permite a competitividade do minério de ferro no mercado externo, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial e, por consequência, impactando positivamente o PIB do País”, afirma o diretor executivo da ANTF, Fernando Paes.
Ele destaca que, de 1997 a 2016, houve um aumento de 148% na produção das ferrovias, chegando a 341 bilhões de TU no ano passado: “O crescimento na movimentação saltou 117,9%, alcançando 503 milhões – marca inédita para o setor. No transporte de contêineres, multiplicamos em 128 vezes a quantidade transportada desde o primeiro ano de concessão, com nada menos que 442.100 TEUs em 2016”.
De acordo com o estudo da entidade, esses investimentos podem gerar, em consequência, quase 38 mil postos de trabalho na construção civil e mais 3,5 mil na indústria ferroviária nacional, entre diretos e terceirizados: “Está mais do que evidente que a conclusão desse processo de prorrogação é do interesse tanto das empresas concessionárias quanto do interesse público – da sociedade e do Governo Federal”.
O diretor executivo da ANTF destaca a realização da NT Expo, um dos principais eventos do setor de transporte metroferroviário da América Latina, que acontece de 7 a 9 de novembro em São Paulo (SP). “Oferece o espaço adequado para que a ANTF possa colocar em pauta questões que envolvem, e impactam, a complexa infraestrutura logística brasileira – e, ao lado de grandes empresas e entidades representativas nacionais e internacionais, buscar novas e mais eficientes soluções para o país”, conclui.
As informações são do portal Agrolink.